31 dezembro, 2006

The End!

No último poema do ano,
eu grito que te amo
e chamo a todo pulmão,
vem dar a tua mão
e me salva desse caos!

No último poema do ano,
eu lavo minhas mãos
e como Pôncio Pilatos,
faço de conta e me mato
nas tuas garras de gato!

No último poema do ano,
eu choro e repriso,
o meu último sorriso
de besta abobalhada,
e tiro do ar o encanto
da tua saudade!

No último poema do ano,
vomito o espinho que sangra,
e sigo o meu destino,
sem lenço,
sem sonho,
sozinha!

Que venha 2007 a galope,
estou sem tempo para um chope,
tenho muita pressa,
pois a morte me espera!
THE END
Mensagem de Ano Novo!

Heloísa Mimosa!
Que possas fazer nesse início de 2007, o ano melhor da tua vida, onde afetos e amores se transformem em emoções borbulhantes, capazes de mudar o rumo da prosa e do rio que navegas, fazendo-te serena e doce e tão guerreira ao mesmo tempo!
Que possas ser o que a tua emoção merece e nem de longe imaginar que não podes conquistar a tua face oculta e nela poder espelhar a luz que do teu olhar emana!
Conquista a tua luz, pois a energia dos humanos, tu tens para doar e que quem de ti se aproximar, por certo irá descobrir que tens muito para dar!
Que o amor seja o teu presente!
Seja essa energia, minha linda, que o mundo ficará melhor!
Um abraço carinhoso da amiga distante, mas tão próxima na saudade!
Que Deus de abençoe!
Beijos!
Mensagem de Natal!

Heloísa Mimosa!
Existem pessoas que passam pela vida da gente e não percebemos, outras de tão doce, deixamos passar ao largo.
Enquanto que algumas outras, nos apaixonamos e, no entanto, nos atropelam, mas numa magia encantada, as seguimos pela vida inteira...
Ainda bem que outras tantas não nos deixam perder o chão.
Tudo é uma questão de sensibilidade e nesse sentido, "TU ÉS MÁGICA"!
Tu és essa magia que a mão do destino colocou em meu caminho para poder dar certeza que acima de todas as coisas, tem no universo uma energia superior a nos mostrar que almas irmãs existem nesse mundo de meu Deus!
Que a felicidade seja sempre o teu par companheiro pelos caminhos que percorre, levando sempre o melhor que podes dar.
Não sei se tens a verdadeira dimensão do teu significado no contexto afetivo que crias em torno de ti, mas por mim posso afirmar que a minha vida mudou quando eu pude perceber a tua emoção silenciosa, a energia e o brilho do teu olhar entre todas as pessoas daquela sala, que eu nunca esqueci.
Tu és especial!
Querida!
Um Feliz Natal, carinhoso e repleto de energias e que tudo junto reforcem teus afetos todos os dias, com muito amor, energia, compreensão e encantamento.
Saúde e toda a felicidade!
Te quero feliz sempre!
Bjs!

30 dezembro, 2006


Elenara!

Arrasou!!!
De qual planeta tu és mulher???
Sempre senti que era uma mulher com uma grande e linda estória de amor na tua vida, onde com paixão e muita emoção retratavas com as mais belas palavras de amor, saudade, admiração e encantamento esse grande amor da tua vida.
Sempre deixastes transparecer isso com muita elegância e paixão e sempre que lia os teus poemas, seja no Blog, como nas publicações do Jornal, ficava comovida com tudo.
Sempre ficava a perguntar para mim mesmo, da onde vinha tanta inspiração, pois a cada poema escrito, lá estava, no fundo, esse amor que enalteces a cada palavra escrita.
Admiro essa tua energia mágica de escrever assim desse modo, os mais lindos versos de amor, para quem eu acredito, não estás mais contigo.
Que pena!
Um amor assim, descrito desse jeito é eterno e não morrerá jamais, pois tua alma de poeta recria e inventam a cada palavra, novas emoções, como se elas fossem a energia que te dá vida e ânimo e certamente o é, pois só um amor desse tamanho conseguiria de manter viva e tão eloqüente no teu romantismo.
Tu és digna desse amor, seja ele cria da tua emoção ou resultado desse amor que trazes no teu coração.
Parabéns querida!
Tu me fazes feliz sempre!
Adorooooooooooô!!!!!

Ana Júlia!

Quem tu és linda mulher, leitora costumas dos meus poemas, que se encanta e me encanta a cada comentário e que deixa sempre um pouco de si nas suas palavras e que se enleva com a emoção e o romantismo dos meus poemas?
Quem tu és linda mulher, que xereta minha poesia com o melhor de todos os olhares e sempre deixa um incentivo para que eu continue poemando minhas dores e meus amores?
Quem és tu linda mulher?
Um Anjo!
Diz-me quem tu és?

PS:

São belos e assíduos os comentários dessa amiga virtual, que eu não conheço aos poemas do meu Blog, que resolvi deixar nessa homenagem, o meu carinho para com todos os amigos, que por ventura chegaram até a esse espaço, que eu trato com tanto zelo e que me delicio, lendo e postando os meus poemas!
Sintam-se todos homenageados!
Um brinde!
Feliz Ano Novo!
Feliz 2007!

Doeu saber que estás entregue
a uma força sem vontade,
a um olhar sem brilho e cego,
sem paixão, acomodado,
completamente encilhado
a um "trote leiteiro"!

Doeu saber que o teu amor
está sendo pilhado pelo trato
maquiavélico de quem te cuida,
e que em nome do amor, deixa
dependente, sem vontade,
alimentando o medo
com medo de te perder,
tua emoção apaixonada!

Por mais que tenha sido forte,
a dor de um amor desfeito,
não podes entregar-se desse jeito,
como se tivesse escapado
a vida e o sonho das tuas veias!

Reage, rompe as tuas teias,
escala os teus medos
e todos os teus fantasmas,
e vem para vida faminta,
da vida que te pôs brilho!

Não fique assim, ensimesmada,
com a vida tão magoada,
crie coragem, pois amada
serás sempre sem precisar
de um cão de guarda!

Não te guarde pela metade
e nem culpe a tua idade,
seja forte e sai pra luta,
mesmo que não vença
de primeira essa batalha,
o amor será sempre tua vitória!

Quero tua alegria de volta,
e o brilho do teu olhar,
como prêmio e castigo,
pois sei que em mim abrigo
a vontade de te querer feliz!

Sai para vida e refaça
toda a graça do amor,
que um dia pôs luz
no teu olhar apaixonado,
mesmo que não seja EU
a razão dessa alegria!

Quero-te saber feliz, inteira,
não mais pelas metades!

Feliz 2007!

28 dezembro, 2006

Espelho!

Não sofra por mim tuas dores de amor,
nem chores teu pranto pelo amor
que não morreu,
tampouco deixe teu humor,
entristecer-se ao cair da meia tarde!

Olhe e veja no horizonte
a beleza do pôr-do-sol
e me encontre na primeira
estrela que se mostra,
com certeza estarei ali
iluminada pela saudade
e pelo brilho do teu olhar!

Não sofra pelo meu amor,
pois ele estará sempre
ao alcance do teu coração,
apenas se deixe levar
pelas lembranças desse amor
que não morreu!

Só nos apartamos, demos tempo,
pois o futuro a Deus pertence,
e esse nos manterá pra sempre
na emoção do abraço que trocamos,
e no brilho do teu olhar onde sempre,
eu me vejo refletida!

27 dezembro, 2006

Descoberta!

Sei agora do teu sofrimento,
dessa triste dor de amor
que o meu amor te causou!

Dessa magoa que ousou
macular teu sentimento,
e te fazer doente de amor!

Somente agora compreendo
os erros cometidos,
que nos deixaram órfãs
das nossas manhãs!

Só agora eu entendo
o que nos deixou assim,
carentes de saudade,
dessa falta que nos racha
pelo meio, cada vez,
que a emoção nos assalta
e revela nosso segredo!

Só agora é que eu percebo
que nunca nos demos fim,
apenas nos apartamos,
esquecendo que não existe
amanhecer sem a beleza
do pôr-do-sol preparando
o anoitecer!

Ficamos com o brilho das estrelas
iluminando a nossa saudade,
e mesmo com todas elas
cadentes, teu olhar é a luz,
que me procura e que não deixa,
que eu me perca no caminho!

Somos duas com certeza,
tateando outros começos!

Conseguiremos?



26 dezembro, 2006


Doce Merengue!

Quando não conseguimos força
para sairmos da vida afetiva
de alguém que um dia amamos,
esse amor faz-se relicário,
jóia preciosa e delicada
de todos os nossos afetos!

Como deixar no abandono,
quem foi capaz das alegrias
e do pulsar do nosso coração
ensandecido de paixão,
que varava a noite nos puxando
para novos abraços e beijos,
e se aproveitava dos nossos desejos,
sempre prontos para festa,
que eram as nossas noites!

Como não cuidar dos afetos,
que se fizeram frágeis
por tanto amor que nos deram?

Senão velando seu sono,
ajeitando seu cabelo,
tocando seu corpo ainda doce,
feito um merengue,
e sem que se negue,
viajar com prazer e gula
no trote de quem tem as rédeas,
e se deixar galopar por campinas
e falésias, no risco do abismo,
na mais pura adrenalina!

Êxtase que selávamos com beijos,
nossos corpos suados
do mais puro néctar!

24 dezembro, 2006

Feliz Natal!

Hoje é Natal e como sempre
a solidão é minha companheira,
entre tantas datas que já passei!

Nem reclamo da sorte, se amei
de modo errado, quem passou
feito vendaval em minha vida!

Foram tantos os equívocos,
que me é pouco esse castigo,
que nem ligo se estou sozinha!

Cavei minha própria cova
no ardor das minhas paixões,
e se for esse meu destino,
que o seja com altivez e honra,
pois mais vale a dor de ter vivido
o meu estar apaixonada,
do que ficar às escuras,
tentando fazer de conta,
que passei pela vida e não vivi!

Fui quando me senti emocionada
e mesmo quebrando a cara,
conheci todos os quereres!

Amei do modo apaixonado
o melhor dos meus amores,
e esse saberá, que não morreu
em mim, o desejo de fazê-lo poesia!

Hoje é Natal e poemo o verso
melhor da minha vida,
que só teve sentido
quando pude dizê-lo
ao pé do teu ouvido!

Entre ser o maior que entristeceu,
tu és o melhor que se eternizou
no abraço silencioso que trocamos,
naquela noite fria de Agosto!

Feliz Natal!
Marcas!

Marcas na face são marcas do corpo,
que demarca as dores da vida,
no tempo cruel que assinala,
que tudo tem um limite!

Marcas nas mãos é a linha da vida,
que o destino nos marca na pele,
mostrando o caminho
da paz ou da guerra!

Marcas no asfalto são linhas
que marcam estilos de vida,
retos e certos, nem sempre seguidos,
ou marcas da morte, que chega,
com idas e vindas,
atropelando esperanças,
calando inocências!

Marcas no corpo são sinais,
que a vida surge
no rastro do amor,
delimitando mudanças
no corpo e na mente!

Marcas ou sinais, todas elas
associadas, são rastros
que deixamos pela vida,
a nos mostrar que passamos
fazendo a estória,
que vamos contar um dia!

As minhas são tantas,
que as trago tatuadas
no corpo e na alma,
sinais das vitórias e derrotas;
cicatrizes que a paixão
tatuou no meu coração,
tão incomodado de saudade!



23 dezembro, 2006

Esquinas!

Mentes quando negas,
que me pegas com paixão!

O que foi aquele beijo,
que me queimou a boca
e arrepiou meu corpo?
Ilusão!

O que foi aquele abraço,
que apertou meu corpo
como escudo e defesa,
não me deixando ir
do teu abraço?
Miragem!

O que foi aquele toque
certeiro, que pos a nocaute
qualquer resistência
qu’eu pudesse fingir?
Fantasia!

O que foi aquela entrega
sem titubeio, do teu seio
intumescido de desejo,
em pleno cio de saudade,
que me deixou tonta e cega
de tanta adrenalina?
Overdose!

Não meu amor, apenas instinto
de sobrevivência, esquecida
no tempo que ficamos longe!

Podes mentir a vontade,
não estou nem aí,
pois eu vivo essa emoção,
enquanto teus aís
mostram-se no brilho
do teu olhar que me segue
e me persegue, mas que se perde
quando dobro a esquina!



21 dezembro, 2006

Mentiras & Compromissos

Deixe-me jogar fora
os últimos pedaços
que se mantém amarrados
em velhos cadarços
esse amor que mando embora
em cada amanhecer!

Deixe-me perambular nas horas
que o sono não vem de saudade,
do que me ficar jogando isca
a cada encontro que mantemos
a custa de muitas mentiras!

Deixe-me compreender minha vida
sem rancor ou desamor
e não fique criando estórias,
de amores e glórias
como se apenas EU, fosse culpada!

Pare com essas mentiras
de que avancei o sinal
e mudei o rumo da prosa,
e que nada foi importante,
pois s’eu estive lá
foi porque havia alguém,
que deixou o portão
e aporta aberta, e com os braços
estendidos, me acolheu em seu abraço!

Pare e não desdenha
por “tudo” que aconteceu,
pois s’eu hoje retenho,
em mim essa certeza,
foi porque nunca foi dito
o nome da criatura...!

Fui atenta o tempo todo,
dei um tempo, dei descanso,
mas agora que estou pronta,
apronto-me para partida...

Vou em busca de outra luz,
que ponha brilho em meu olhar!


20 dezembro, 2006

Solte o Freio!

Estranho são os caminhos
dos filhos que vão pro mundo,
uns ficam por perto e nem todos
são felizes, outros caem na estrada,
e quebram a cara no mundo!

São estórias que se escrevem,
na dor da palma da mão,
com a tinta vermelho sangue
d’uma dor que não se extingue!

Estranho são os conflitos
que a vida não deixa ver,
palavras que não são ditas,
que são duras como o aço,
que tange como o fogo
queimando uma emoção!

Tantas dores repartidas,
tantos gritos sufocados
que fica presa no peito
a chama do teu amor!

Solte o freio, solte a alma,
solta a lágrima, não se prenda,
pois a vida não mais ecoa
quando deixamos pra trás
a vida que não vivemos!

Faça frente, vai em frente,
desça a rua na banguela,
quebre a cara, de o lado,
para o amor que está por perto!
Foi Perfeito, Foi Demais!

Podem tocar as trombetas,
abrir as portas do paraíso
ou buscar o pote de mel
nas cores do arco íris,
que nada será mais doce
que o doce mel do teu beijo!

Podem condenar-me ao inferno,
na chama quente do pecado,
que nada será mais delicado,
que o abraço apaixonado
que trocamos noite adentro
feitos loucos e famintos
d’uma fome insaciável!

Podem achar que foi bobagem
essa volta ao teu passado,
mas só assim percebemos
que ainda é forte a chama
que nos pôs na cama, como
se não tivesse havido a distância
da lágrima com o teu sorriso!

Poder fotografar tua alegria
na emoção do teu sorriso dormindo,
é mais que o meu coração queria!

Foi perfeito, foi demais...

15 dezembro, 2006


Xeque-mate!

Esse encontro com certeza
vai dar-nos força pro adeus,
pois não mais podemos
continuar nessa incerteza!

EU sozinha numa boa,
com teu “par amigo” companheiro,
dizendo que só vai descansar
quando souber que tem alguém
em minha vida!

Porque tem que ser assim?

S’eu estou só por opção,
não mereço essa pressão,
afinal quem está casada
não sou eu, pois estou solteira!

Deixe-me cuidar da minha vida,
a meu modo, do meu jeito,
pois quem sabe das dores
e do meu pranto, sou EU,
e pra isso eu me cuido
como o diabo foge da cruz!

Não tenho culpa se o disfarce
desse baile ficou a descoberto,
dá um jeito e tira a máscara,
pois quem vai quebrar a cara
com certeza, serei EU!

Dá um jeito, quebre regras,
ache um tempo e ponha um fim,
nessa estória que agoniza,
desde o último abraço,
que selou nosso destino!
Dá-lhe Inter no Japão!

Foi sufoco, foi sublime,
a ventura do meu time
atravessando o Atlântico,
pra ganhar do time egípcio!

Foi loucura o sofrimento,
da torcida enlouquecida
pela espera do apito,
acabando com a partida!

Não foi lindo nem brilhante
o jogo para se assistir,
mas valeu pela conquista
de esperar o Barcelona!

Que venha agora pra arena,
o “el touro espanhol”,
pois na trilha dos gaúchos
nós falamos o portunhol,
e no pampa que honramos,
não vai espanhol passar,
sem que tenha que cruzar
por cima do nosso sangue!

Vamos honrar essa arena
com a fibra do irmão farrapo,
que na garra da batalha,
deixa a chama da vitória,
pra a história registrar!

Vamos todos nessa luta,
viver um só sentimento
de amor por esse time
que encanta minha emoção!

Dá-lhe INTER no Japão,
Fernandão e companhia,
pois aqui fica hasteada
a bandeira colorada,
como símbolo desse clube
que amamos com paixão!

12 dezembro, 2006

Amiga Secreta!

Quando tudo parece perdido
e já não temos o horizonte
como sonho ou parâmetro,
da fantasia que se instala
ou da razão que se perde,
quase sempre um amigo,
leva-nos pela mão
pra mãos invisíveis,
que nos acolhem
e nos dão o abrigo,
que a nossa alma precisa!

É assim esse amigo que transita
pelo nosso coração
sem nunca nos perguntar
pelo grau da nossa culpa!

É assim esse amigo,
que chega de manso
escutando os segredos
que a mais ninguém revelamos!

É assim esse amigo,
não mais secreto,
que tem nome,
domicílio e endereço,
CPF, telefone
e uma alma de poeta!

Sandra Mara com sua arte,
psicografa os enredos
dos corações desnorteados,
aliviando suas dores
e os libertando do medo!

Sandra Mara Psicóloga,
é a minha amiga secreta
nessa festa de amigos!

06 dezembro, 2006

Seis de Dezembro!

Hoje a idade marca presença
sem piedade em minha vida
levando com sua força
o brilho, o viço, o tônus,
e toda a minha fortaleza!

O tempo deixou uma ferida
que reluz a cada lembrança
que tenho dos meus amores
e mesmo que se passem os anos,
vou carregar sobre os ombros
todos os escombros
dos sonhos dos amores desfeitos!

Em todos me joguei de cabeça,
pois com a paixão a cabresto
não existe meio termo que separe
os sonhos da fantasia,
nem a emoção do amor
com a perda da razão!

Fui intensa quando amei,
boba quando me apaixonei
e como ninguém, fui fiel
a todos eles quando entreguei
meu coração desnorteado
pelo amor que estava sentindo!

Até me descobri amando um enteado,
que como um filho que eu não tinha,
quis dar casa, carinho e minha mão
na sua primeira infância, ouvindo
com atenção as suas dúvidas
e desarmando os seus fantasmas,
mostrando sempre que mais tinha Deus
para dar, do que o Diabo pra tirar!

Aprendi com meus amores
que todas as dores de amor,
passam a ser cicatrizes da alma,
que tiram nossa calma,
que ninguém nota,
percebe ou dá valor,
mas que nos acompanham
por todas as horas da nossa vida!

Seis de dezembro, sagitário nato,
que finca seus pés pelo chão
com determinação e afinco,
mas que por amor flutua
leve e solta, sem preconceito,
no mundo da fantasia e não pactua
com a traição quando está amando!

Sou assim meio demente,
um pouco louca sem cabeça,
capaz de todas as loucuras,
tal qual criança,
quando eu amo!

Mas se hoje sou metade
dos meus sonhos,
é por que estou de vagar,
esperando o trem chegar
pra levar para bem longe
o meu último suspiro!

Muito além do meu desejo,
já ando batendo na trave
em matéria de sobrevivência
e a partir de hoje já me sinto
recordista, sem modéstia,
em matéria de amor!

Foram poucos, foram quatro
os que habitaram como ninguém
os desmandos do meu coração
e nessa matemática sobrou
um zero que sou EU!

Seis de dezembro, data em
qu’eu vim ao mundo para amar
com paixão todos os meus amores,
que não irão me acompanhar
quando eu partir, pois sei agora,
que o tempo todo, os amei sozinha!

Que meus amigos me bebam
quando eu morrer!


05 dezembro, 2006

Imagens!

Da janela vejo a lua cheia
moldurar minha fantasia!

São lobos, duendes e fantasmas,
lobisomens e bichos homens,
bruxas, fadas, anjos e arcanjos,
demônios, e fêmeas mulheres,
arquétipos lúdicos que povoavam
os sonhos a minha infância!

Álbuns, revistas e gibis,
Ilusão, Capricho e Grande Hotel,
Zorro, Lulu e seu amigo Bolinha,
Patinhas com sua moedinha,
Fantasma e sua Diana, Tarzan,
o Rei das Selvas com Jane sua mulher,
faziam das minhas matinés de domingo,
o ponto de encontro pra amigos
trocarem revistas e figurinhas
na saída do Cinema Imperial.

Da janela do meu quarto,
a lua cheia escancara
o lado esquerdo vazio,
da cama que divide comigo,
meu tempo de solidão!

Nessa fase da minha vida
em que envelheço minha coragem,
penso no tempo que tinha idade
para andar de pés descalços,
jogar bola, tomar banho de açude,
e sem nenhum pudor,
brincar de se descobrir!

Tempo bom era aquele,
onde com muito pouco
fazia-se felicidade!

Hoje já não vejo encanto
nos quatro canto da casa,
só de tempos em tempos
a lua cheia remove
o tédio da minha vida!


03 dezembro, 2006

Toma cuidado!

Deixa-me ficar nesse torpor
de não saber o que fazer
nessa altura da minha vida,
como s’eu não fosse nada!

Não quero que me enlouqueça
com essa desesperança,
de por cabo em minha vida,
se me alimentas com a melhor
das tuas mentiras, com as manhas,
e as unhas refinadas de um leão!

Não quero fazer teu o jogo
de verdades e mentiras,
onde blefas com quem tu amas
e também com quem te ama!

Não quero uma disputa,
pois no amor só se computa
o tchan que nos percorre o corpo,
e esse eu sei, que foi meu,
quando apenas com um abraço,
no meio d’uma longa noite,
teu corpo sinalizou
entre gritos e sussurros,
que teu amor ainda sou eu!

Não faça mais isso,
pois posso esquecer,
e romper o compromisso
de guardar esse segredo,
que tanto te mete medo
e atordoa a minha vida!

Deixe-me e não me procure,
talvez assim eu me cure
dessa dor que tu deixaste!


02 dezembro, 2006

Eu, Tu, Nós!

Consegui dar meia volta
e contornar um velho amor
já cativo em minha vida
com direito a reencontro!

Eu diria que foi mágico
te sentir daquele jeito,
mais ainda por saber
que existia um outro
alguém, que sempre esteve fora,
dessa noite de abraços!

Foi perfeita a magia
de dois corpos extasiados
pela emoção do momento,
grito silencioso da paixão,
que explodia no calor
da nossa pele!

Fomos longe, no desejo
insaciável de buscar
dentro de nós, o brilho
que trouxe luz ao nosso olhar!

Depois como dois bons amantes,
deixamos para traz o rastro
de mais um outro pecado
e refizemos nossa vida,
cada qual com suas mazelas
escondidas na bagagem!

EU solteira, sem pecados,
procurando achar alguém
pra soltar todas as rimas
pr’um poema de amor!

TU medrosa com receio
de se deixar descobrir
pelo brilho do olhar!

Somos assim tão diferentes,
depois que nos pegamos
entre beijos e abraços!

Estou em paz!

Deu Pra Ti!

Nessa hora de sufoco e de espera,
quero calma, tomo passe, faço reza,
jogo búzios e me protejo
procurando proteção,
nos braços d’um novo amor!

Chega de ficar na espreita
de que venha me dar consolo,
já que nunca foi teu forte,
me acolher quando estou mal!

Tenho mais que desistir,
tenho mais é que sair
dessa estória de amor,
dessa chaga malograda,
que pôs fogo em minha vida,
destruindo minha estima
desse mundo pervertido,
que deixou o meu amor
prisioneiro desse encanto!

Vou abrir as minhas asas,
vou soltar a minha voz
e deixar nova emoção
incendiar minha paixão,
carente desde o dia
que nos fizemos tão afim
de outras estórias de amor!

Quero ser uma nova mulher
na paz desse novo amor!

01 dezembro, 2006


Minha Partida!

Não sei para onde me atiro
nem para onde me penduro,
mas vou sem medo,
um pouco sem graça,
mas vou com raça
alcançar o meu sossego!

Cansei de perambular
de coração em coração,
feito um beija-flor,
buscando encontrar
um pouco da minha paz,
que encontrei no teu amor
e que perdi no teu abraço!

Confesso que esperei
conversarmos sobre tudo isso,
que aconteceu naquela noite,
mas por medo e covardia tu fugiste
como o diabo foge da cruz
e eu fiquei remoendo esse segredo!

Fiquei com a pior parte,
sem poder falar nada,
de sentir e não poder escancarar
a emoção desse reencontro!

Pensei que poderia suportar
o peso desse segredo,
mas sinto que enfraqueço
a cada hora, pois me perco
esgualepada de saudade
esperando o teu chamado!

Se eu errei, por certo deixei
meu coração contigo
naquela noite fria
de final de Agosto,
mas se o erro foi teu,
que Deus te proteja!

Deixo todos os poemas
que compus a teu pedido
como prova que amei,
muito mais que fui amada!

Em cada verso, em cada linha,
está uma emoção que se aninha,
em cada sílaba as metáforas
que fui obrigada a criar
por causa do teu silêncio
e também por tua traição!

Se sentires saudade,
busque-me na leitura
dos meus poemas
ou então me ouça
no canto apaixonado
de um Sabiá Laranjeira,
quem sabe na Lua Cheia
que moldura os teus desejos
ou na beleza encantada
de um Por do Sol
querendo adormecer
para um outro amanhecer!

Estou partindo sem saber
as razões e os teus porquês,
mas na mala de garupa, levo
um pouco dos meus Phoemahs,
que deixei universal,
só para poder reler
quando não mais puder,
um dia te abraçar!

Ainda não sei para onde eu caio,
mas sei que levo o doce do teu cio
como perfume e sabor, e no olhar
a minha imagem, nos teus olhos espelhados!
Parabéns!

Tua vida é uma mentira,
um constante escamotear
de sentimentos que judia
quem de ti se aproxima!

Mente a qualquer motivo,
muito mais se o sentimento
for de prazer e de amor,
pois ser feliz é inglória
nesse teu álbum de família!

Amar-te é um tormento
que se alia e se alicia
nessa tua dependência
de amor e de afeto!

Tudo junto se complica,
quando o amor se prejudica
na meia volta que dás,
desdobrando quem te ama!

Amei e fiz todas as loucuras
na conquista desse amor,
fui cobaia, fiz tocaia noite afora,
na esquina, pra em plena madrugada
poder te levar pra ca (sa) ma!

Foi amor misturado com paixão,
pura emoção triturada no lero lero
de quem sai para almoçar,
e volta quase depois de uma semana!

Quando digo que se esgueira,
falo com a propriedade de quem ama
e de quem se deita na tua cama,
sempre que a saudade chega
atordoando o teu presente,
que não chega a incomodar,
quando fico nos teus braços!

Nem deu para reparar
se existe um outro alguém!

De mentiras em mentiras,
tu sempre te dás bem!

Parabéns!

Naja Rainha!

Com luvas de pelica,
suavidade e maciez,
jogas as iscas do teu mel
e sem nos darmos conta
bebemos gota a gota do teu fel,
como se brindássemos à vida!

É mágico o contorno que dás
as tuas peripécias
e mesmo sob o manto
escarlate do demônio,
ainda fazemos reverências
como se fosses uma rainha!

Cativas como uma naja oriental
todo aquele que lhe toca,
que lhe enfeita e lhe da brilho
e sem que percebamos, ficamos
todos lastimados de prazer,
na espera d’um último encantamento
para então, depois morrer!

Estranha a vida que te fez rainha
para tantos bobos adoradores,
encantadores de serpente!