30 dezembro, 2010

29 dezembro, 2010


ADEUS!
Hoje meu amor tomei a decisão mais cruel
E necessária de toda a minha vida.
Levanto acampamento, alço vôo e vou embora
E te deixo de vez, sem hora marcada para voltar.
Na partida não levo nada, sequer as traições havida
Inda que negadas elas são marcas, cicatrizes
Talhadas a ferro na minha alma, chagas profundas,
Abertas na brecha que o meu amor deixou.

Levo o nosso amor vivido no início que foi lindo,
Orgulhosa de ter estado no teu olhar adocicado,
Uma visão mágica de encantamento e luz
Refletida sempre que me via e de modo insinuante, sorria!
Eras nessa hora tudo o que mais eu queria,
Nada mais que o meu coração precisava
Colher para bater mais forte e com mais alegria.
Onde foi que nos perdemos!

Meses de felicidade, harmonia e cumplicidade
A toda hora partilhada na rua, no centro, na cama
Como se nós duas fôssemos apenas uma,
Heroínas da nossa própria estória de amor.
As palavras de amor te assustaram tanto,
Depois disso, tudo entre a gente mudou.
Onde foi que nos perdemos: Onde? ADEUS!
TÔ CINZA

Tô triste, tô frágil, tô mal,
tô aquém do que posso
desejo e almejo,
tô prá baixo!

Tô cinza, tô preta, tô gris,
sem alegria, sem colorido,
de coração doído, mordida!

Tô andando na corrida,
sem paradeiro, ferida
na alma e no instinto
de preservação.

Me arrisco e me atiro,
me ponho a deriva,
me ponho a perigo
de mãos abanando!

Tô calada, fechada,
saudosa, faminta
da tua presença!

Tua presença equilibra meu PH,
colore minha alma,
enternece meu olhar,
adoça meu coração e
põem um sorriso na minha face.

Pena que é um amor
que eu mal consigo
Dizer alô:

Fala amor da minha vida!

26 dezembro, 2010

DANÇA DAS CADEIRAS

És a minha dança predileta,
a mais perfeita pros meus amassos,
a minha bebida preferida
que sorvo.
que bebo,
degusto
e me esbaldo!

Que não me embriaga,
mas que te deixa louca
quando te pego de jeito,
tão afeita a minha boca
que te beija,
te beija
te suga
e te satisfaz
na maior intimidade.

És a minha ousadia
a minha discórdia,
a minha dor de cabeça,
a minha virada de mesa,
que me vira do avesso
e faz eu fazer coisas
que jamais havia pensado.

És o meu pecado passado
a limpo todo dia,
que eu limpo,
limpo
e não limpo,
pois não consigo
nunca de ti me afastar.

És a minha tatuagem
desenhada por teus beijos
nos meus mais íntimos confins,
a tua marca registrada!

És o meu pesadelo,
a minha insônia,
a minha cara metade,
que por ironia
deixei
como presente de Natal!

Que faço agora pra frente
se já tenho hora marcada
pra sair e ir embora!

Talvez eu saia poemando
tua vez na minha vida!

































































































25 dezembro, 2010



Fardo!

Sobre águas,sobre brasas,
sobre pregos,
sobre pedras,
é assim
que eu caminho
o tempo todo!

Cansativo acompanhar
tua jornada,
sempre livre,
sempre aérea
sempre solta
de qualquer compromisso!

Partilhar,
dividir,
somar os momentos
dessa escassa felicidade,
é contar nos próprios dedos,
quando isso aconteceu!

Quando mesmo aconteceu?

Nem
eu
mesmo
sei agora!

SOBREVIVENTE!


Chegar ao fundo do poço
na busca da última gota
e tentar a toda prova,
sobreviver nesse esforço,
é dar a volta por cima
resgatando uma a uma
cada lágrima chorada!

Sobreviver ainda que toda
chamuscada pela dor,
é tudo que posso fazer
nesse novo recomeço!

Que venha outra paixão
e me arrebate de amor!

Ônus!


Por trás desse meu
sorriso debochado,
É uma dor tão generosa
que só de imaginá-la,
consigo retratá-la em poesia!

Palavras,
versos sem rimas
poemando às horas
dos meus dias de esperas,
mesmo sabendo que amanhã
será um outro dia,
de terrível solidão!

Uma dor maliciosa,
sapeca, quase sublime,
que mexe e remexe
na minha saudade,
fazendo-me desejar
que surja dentro da noite,
um novo chamado,
para outra traição!

quase um escracho,
escondo a dor
de um amor
tão delicado!


Stress!


Ando com uma tristeza
atormentando minha alma,
que não me deixa agir direito,
uma dor de queima e perda,
Por que têm que ser assim?
que me afoga e atrapalha!

Uma melancolia que se espalha
pela tarde, pela noite, pelo quarto,
fazendo-me catar estrelas
para o tempo poder passar!

Ando como um duende,
um pouco em cada lugar,
tentando achar um canto
para quieta poder chorar!

Ando, procuro e me esquivo,
não descanso e por isso
não consigo desarmar
essa bomba, que existe em mim!


À La Carte!

Ando calada,
agoniada,
em completo abandono...

Vivo a síndrome
pura carência
de paixão!

Sinto que já não ando

Emudeço de propósito,
saio da roda,
desapareço,
e mesmo assim
não me faço
dona de mim,
e nem do meu nariz!

Sou o teu prato servido
no teu dia a dia
feijão com arroz!

Muda o cardápio,
esquece o teu cio,
altera
a receita
e publica de uma só vez:

"Fechado
para balanço
e em breve,
outra
administração!"

Talvez eu consiga
assim,
me livrar
do teu tempero!
afim das minhas próprias palavras...
da insônia,


Saldos e Retalhos!
Pega e leva tudo
que ainda existe,
que ainda resiste
e que assombra
sem a minha vontade,
os teus pesadelos!

Pega tudo
e ainda revisa,
passa um pente fino,
faz a mala,
olha em torno
e não deixa nada
para não precisar dar meia volta
e voltar
por outros velhos motivos!

Pega,
junta
e rodopia,
joga fora e vá embora,
desapareça na luz
e me deixe!

24 dezembro, 2010


CARA METADE

A cada dia descubro que somos
metade de nós na outra,
sem esforço, amargura ou desgraça,
somos uma dupla cheia de graça!

Brincamos com arte e deboche
na magia do sorriso que trocamos
a cada vez que ficamos frente
a frente com o desejo,
que nos queima a alma,
e nos acalma o corpo!

Nossa face se irradia de alegria
e sequer rubor apresenta,
pois é tanta a magia
que o momento não comporta
uma crise de consciência.

Somos metade de nós na outra,
sem disfarce, temor ou pudor,
apenas amantes, sem compromisso!

Sem disfarce, colocamos com arte
na maior cara de pau,
o tédio para fora, e, com a maior
desfaçatez, esticamos as canelinhas
com o imenso prazer que sentimos,
quando com amor nos tocamos
a cada entardecer, com o som animal
da passarinhada fazendo dueto
com a nossa cantoria particular!

Somos sem igual a fazer tudo
que metade do povo
quer e não pode.

Somos duas metades
a se espalhar pela cama,
na maior cumplicidade
que podíamos desejar!

21 dezembro, 2010




UM BRINDE

Você surgiu na minha vida
como uma onda voltando pro mar,
sempre presente, numa constância
quase rítmica, frenética, devassadora.

Todo dia, todo instante, toda hora,
a se mostrar majestosa,
bem espumante feito um champagne
em festa natalina, saboreada
gota a gota pela boca que te beija
e que tu beijas se entregando,
já sumindo sob meus pés, na areia!

Pura delícia de encantamento ,
sem prazo final para se acabar!

És minha praia particular
onde repouso o meu cansaço ,
faço e refaço o teu enfado
e desfaço por momentos
a vida decorada que tu levas.

Conheço tua pratica, tuas palavras,
teus macetes e meandros,
só não contava que o amor
chegaria na minha praia,
feito um nordestão, cegando
meus olhos com a própria
areia onde piso!

Disso tudo meu bem,
fica a beleza do dia,
o bronzeado do sol,
o olhar amoroso
das nossas tardes de amor!

Um Brinde,
Feliz Natal,
Tim Tim!!!

16 dezembro, 2010

* PONTO FINAL *

Ontem não suportei a pressão e chorei pelo esforço que faço todo dia em fingir para todos, que não estou nem aí para a nossa despedida.
Senti lágrimas caindo, quentes como um dia calorento de verão, pela face tensionada por não deixar transparecer a magoa da separação!
Tenho raiva de mim por ter me deixado ficar assim, por não romper esse laço que eu mesma ajudei a me prender no teu abraço!
Tenho raiva de mim por dilacerar minha alma, entristecer meu sorriso e renegar ao extremo esse meu coração que “ente aspas” ainda te ama!
Tenho raiva de mim por ter ficado afim de quem desde o começo, sabia e sentia que não era pra mim!
Porque não damos ouvidos aos nossos sentidos, que emitem sinais de alerta o tempo todo, para não nos deixarmos levar... Por quê?
Porque abracei o teu convite, a tua sedução, o teu encantamento? Por quê!
Tenho raiva sim de mim e vai ser assim desse modo que vou por um fim a essa estória de amor, que foi boa apenas no seu começo!
Vou achar um meio de arrancar essa saudade que me arrebenta a alma e em toda madrugada se instala feito um feitiço, tirando-me o sono e atormentando meu dia.
Tenho que sair dessa roubada, buscar forças que não tenho e tentar sobreviver como se tudo tivesse sido, apenas um pesadelo!
Porque tens que ser assim só de começos, inconstante e tão cheia de desdobres, não te basta apenas um de cada vez, tem ser as pencas...
Ainda bem que descobri em tempo que tem amores, que só vivem de começos!
Esse me deixou em luto, na mão, a deriva, feito metade de mim mesma, capenga!
Que merda!
Tenho que dar um ponto final, não quero isso pra mim!

14 dezembro, 2010


* ESTRELA DA NOITE *
O som estridente da noite,
onde murmúrios se fazem gritos,
onde corpos se insinuam
na alegria efêmera das fêmeas no cio,
alvo dileto dos machos quebrados,
são assim as baladas
dos que tentam na noite
achar seus carinhos perdidos.

Assim é à noite esfumaçada
dos lugares noturnos,
que deixa o cheiro forte da caça
nos copos vazios de cerveja e vinho!

Quantos “ficantes” acabaram sozinhos
depois das baladas ou ficaram ao lado
de quem sequer sabiam quem era!

És o exemplo dessa quimera,
querendo reviver um passado
ao lado de quem nunca foi
e que hoje, a muito tempo já era!

Com tuas próprias mãos
cavas a chaga para os teus próprios ais!

13 dezembro, 2010


* LUZES DE NEON *
A noite sempre tem um bar,
um lugar para se fazer de lar
um par para se dançar
e um amor até o amanhecer!
Se essa é a tua vontade,
se essa é a tua verdade,
vou acreditar que seja,
não faça meia volta
e siga o teu caminho...

Eu seguirei o meu
acreditando sempre
que não errei de carinho.
Fico com a saudade,
pois afinal o quê é a saudade
senão o grande amor que fica!

12 dezembro, 2010

*FRAGMENTOS D’UM DOMINGO*

Ta demais levar em frente
esse amor que aconteceu
de modo tão espontâneo.

Um sorriso, uma mão, um toque
e sem nenhum retoque
essa explosão subcutânea
a nos arrepiar a pele.

Tuas mãos conduziram as minhas
para delinear teu corpo
e sem perceber naquela hora,
gravei a tua geografia
em plena madrugada, pura magia
de fogos de artifícios
explodindo em nosso olhar!

Em seqüência...
só encantamento,
de entrega,
de amor
e de alegria...

Ah meu amor,
pudesse o tempo voltar,
eu juro que fugiria desse imbróglio,
que com ares de serpente,
num repente, me levaste pela mão:
Pura sedução num corpo de mulher!

Hoje eu vivo nesse encantamento,
desafiando dia a dia a vontade de te deixar,
pois não agüento mais a tua audácia
de querer servir a dois amores.

Sou assim, singular e única,
capaz de sair do teu caminho,
mesmo não tendo errado de carinho!

Vou me dar um tempo,
pois sem tempo de mim
me deixei abandonada!

Quais os frutos dessa escolha,
se em pleno domingo passo a limpo
a solidão da minha alma
numa folha de papel!

Cruel sacrifício para quem
fez das palavras, o exercício
maior para a sua terapia.

Não sou assim tão forte
como pensas que sou,
mas eu me ajeito
mesmo sem os teus cuidados!

Fica com as tuas fantasias,
dança todos os passos,
beba todos os vinhos
e o tempo dirá
quem de nós foi mais feliz!

11 dezembro, 2010


TRÊS É DEMAIS!

Se um mais um é dois,
outro com um também é dois,
quantos nós somos nesse triângulo?

Certamente três, eu diria!

Um triângulo de três pontas,
de três camas,
de três faces,
de três caras,
e de mentiras todo dia
pra ficar e pra sair.

Não quero que dividas tua cama,
pois a minha, só contigo eu divido!

Não me serve essa trilogia
de sorrisos e enganos,
de olhares e silêncio.

Quero um amor diário
que some, divida
multiplique e construa
um compromisso,
uma vida a duas mãos!

É assim que eu quero
levar a minha vida
e se te é difícil fazer isso,
lavo minhas mãos e refaço
essa minha caminhada!

Deixo-te a francesa,
em forma de poesia!

10 dezembro, 2010

* ESTOU DE CARA COM VOCÊ *

Há entre nós uma sintonia fina de atração, um efeito quase mortal que nos faz sorrir de emoção, que nos torna leves e soltas, e nos induz a deslizamos com gosto por entre pernas, procurando sedentas de prazer um oásis para aplacar a nossa sede.
Teu corpo ardente se oferece feito um banquete, em oferenda, num ritual mágico e apaixonante onde sem pudor, sacio minha fome, minha sede, meu prazer e também o cio que se mostra tão ardente pelo corpo arrepiado que abraço!
Da tua boca, ah essa é um poço de onde vem o mel que deixa o teu sorriso singular e que só nessas horas se mostra que eu adoro e provo sem nenhum medo de me lambuzar de prazer!
Que delícia é ficar assim contigo, o resto deixo de lado, pois se quiser entender, me ferro!
Como entender quem se faz tão diferente, que se mostra clara e tão amante e depois como num estalar de dedos, se refaz com outras caras!
Como compreender essa emoção repartida que se perde e que se agarra no meu amor tão surpreendido...
Como?
Será minha sina conviver com um amor dividido, repartido e bibolar!
E dizer que eu só queria um amor para me fazer feliz!

08 dezembro, 2010

DUETO
De que adianta ficar assim,
meio a meio,
dividida,
confusa nas suas escolhas,
se é comigo
que a tua vida toma brilho,
toma luz e sai pro dia!

De que adianta
esse passado
tantas vezes já vivido,
circundando tuas noites
com odores conhecidos,
de velhas lembranças
já mofadas pelo tempo,
envelhecidas,
se sou eu
que te chamo para vida!

De que adianta
a dança,
o vinho,
a cerveja,
o cigarro
perfumando tuas noites,
se é a saudade de mim
que te faz amanhecer!

De que adianta esse “dueto”,
essa dança das cadeiras,
onde um te leva pro gueto
onde muitos já passaram
por ti em disparada,
e eu que te quero doce
como antes, deliciosamente
feita para o meu prazer!

Toma tento,
ainda a tempo
de viveres esse amor comigo
pois não sendo menino,
te amo como mulher!

Toma tento,
ainda há tempo
para descobrires
que o teu amor por mim,
também, é feminino!