31 dezembro, 2006

The End!

No último poema do ano,
eu grito que te amo
e chamo a todo pulmão,
vem dar a tua mão
e me salva desse caos!

No último poema do ano,
eu lavo minhas mãos
e como Pôncio Pilatos,
faço de conta e me mato
nas tuas garras de gato!

No último poema do ano,
eu choro e repriso,
o meu último sorriso
de besta abobalhada,
e tiro do ar o encanto
da tua saudade!

No último poema do ano,
vomito o espinho que sangra,
e sigo o meu destino,
sem lenço,
sem sonho,
sozinha!

Que venha 2007 a galope,
estou sem tempo para um chope,
tenho muita pressa,
pois a morte me espera!
THE END

6 comentários:

Anônimo disse...

O simbolismo das tuas metáforas é espetacular!!!!
Consegues dar um toque especial numa data onde poucos conseguem sair do trivial, do feijão com arroz!
“The End” marca o fim de um estado de espírito e ao mesmo tempo marca o início de outro estágio, que bem pode ser o recomeço, a releitura da mesma estória....ehehehehehe!!!!
Fôlego com certeza terá!!
Genial!!!!

Anônimo disse...

Mas que poema!!!
Especial e raro...
Instigante sem dúvida!!!
Você, sempre nos causando impacto!
Um abraço.

Anônimo disse...

Sintomático!
Perfeito!

Anônimo disse...

Pesado demais, definitivo demais, mas está demais!!!

Anônimo disse...

O que dizer, senão que é dolorido demais!
Lindo, mas triste, fatalista, doído, quase um lamento só!
De fazer a gente pensar no quanto o poeta sofre para nos dar alegria e emoção, quando temos em mãos o resultados do seu sofrimento, versos e mais verso de amor e dor!
Amei!!!

Anônimo disse...

Exorcisou todos os fantasmas...eheheheh!!!