Quando te abraço não abraço somente teu corpo, como coloco também em minhas mãos, o meu coração em oferenda, pulsante na emoção sentida da tua pele na minha.
Quando te pego entregue aos meus desejos, exulto de prazer e júbilo e me regozijo no êxtase de te olhar sorrindo, a mercê das minhas vontades.
Quando te beijo esfomeada, sinto a correr pelos nossos corpos em movimento a gula dos famintos, dos quem se agarram a todos os grãos que se apresentam ao caminho da minha boca e em delícia, sorvo um a um, tudo..., tudinho..., lambuzada de prazer.
Quando olho teus olhos de mel, adoço minha alma, meu corpo, e como efeito mágico, te desnudo a cada palavra, para meu encanto e deleite.
Quando te espreito com olhos de caça, só consigo me ver, sem piedade, aos pés do meu algoz, feito caça e caçador, que num bailado bandido, de encantamento e magia, encanta sua vítima para o seu próprio prazer.
Quisera não ter deixado tua mão na minha, percorrer o teu corpo, sedento de amor, que como numa bandeja, se oferecia de modo tão encantado as minhas fantasias.
Como dois náufragos, navegamos nossas águas sem sabermos bem aonde iríamos parar!
E agora?
O que fazer?
O que dizer?
Talvez falar tão somente o que certa vez eu li: “A gente só ama depois de ser amado, não tem como aprender sozinho”.
Amor da minha vida!
Sei que daqui para frente tua vida não será mais a mesma, o meu amor fará toda a diferença, tu bem sabes, não é mesmo!
Que encantos têm o amor que nos faz refém das nossas próprias paixões?
Onde fui pousar o meu amor!
Onde?