29 julho, 2006

Fracasso!

O que eu sou depois dessa tormenta,
senão o fracasso que me atormenta,
que me seduz a cada momento
a sair da minha vida, escondida
na dor e na certeza que só fui feliz
quando por ti estive apaixonada!

O que eu sou nesse caos que me fiz,
sempre que entreguei meu coração
vagabundo, senão essa vontade
rejeitada de ter sido verdade
somente na minha fantasia!

O que eu sou agora, nessa falácia,
nessa mentira em que vivo,
senão apenas emoção de palavras
que desabafo quando o sufoco
da noite me faz poemar toda a dor
que meu coração não mais esconde!

Sou anjo, arcanjo ou duende,
misto do bem e do mal,
profeta da minha própria agonia,
algoz feroz de mim mesma!

Eu não existo!


28 julho, 2006

Basta!

Guarda tua ira e te atira
para os braços de quem te quer!

Desiste de ficar me azarando
só para judiar meu coração
já tão atazanado de paixão!

Agora não vale me querer
com tanto tempo de atraso,
pois meu tempo de prontidão
já se escoou a muitas luas
do simples querer da tua vontade!

Hoje sou uma mulher de luas,
que se inventa a toda ora,
que se solta, que se larga
ao seu próprio instinto,
que se enfeita e se insinua
na mais clara devassidão!

Sou meu próprio prazer
quando sinto que não quero
ser mais a tua cúmplice!

Hoje estou mais para Alice
no país das maravilhas!

Uma completa idiota
tentando se recompor
d’um amor que não vingou!

27 julho, 2006

Retrospectiva!

Minha jornada do berço a sepultura
foi extensa e plena de aventura,
uma longa caminhada de desventura,
tombos aqui e acolá que deixaram
cicatrizes, marcas e pesadelos!

Matizes, cores e sombras de uma loucura,
que comecei a retratar em verso e prosa,
com rimas nascidas das dores do teu amor!

Por um tempo adolescente tive tudo
que sonhei, sucesso, amores e trabalho
que sem nenhum atalho, conquistei
na moral, e na qualidade da minha vida!

Minha família enquanto tive meus pais
vivo, a tive como suporte afetivo,
esteio de todas as minhas alegrias,
depois quando o tempo os venceu
com certeza, perdi o meu refúgio!

Um outro amor foi bom demais,
companheiro, amigo, amante,
responsável, confidente
e até hoje insuperável!

Outro bem na minha vida foi o melhor
nos doze anos de amor e dedicação,
onde da minha parte nunca houve
a certeza que poderia um dia
esse amor acabar, de tão querido
e assumido que foi esse amor!

Por ele edifiquei todas as renúncias
que alguém poderia ter feito, a ponto
d’eu ter deixado pela metade, a metade
da minha vida, abandonada!

No desgaste por falta de atitudes
que cuidasse do meu amor,
esse amor se entristeceu no abandono
deixando brecha pro desencanto!
Que triste foi esse tempo!

Livre e solta para outro encantamento,
alguém chegou fácil na minha vida
apenas para ser passagem, viagem,
ponte de uma outra dor amorosa!

Fui recanto, canto e acampamento,
para males de amor!
Mal sabia
que toda a minha alegria
estava deixando para trás a cada
parada, para poder o amor,
entrar com paixão e zelo,
por inteiro na minha vida!

Hoje bem longe do berço
reconheço meus equívocos,
meus erros e enganos
e quanto mais eu enfraqueço,
mais eu me aproximo da sepultura.

No máximo eu antevejo
um fim sem nenhuma glória,
sem ares de vitória,
apenas com uma certeza:

Amei demais os meus amores,
e mesmo com todas as dores
e loucuras cometidas,
fui fiel a todos eles!

Eu os amei demais!

24 julho, 2006


*Pimenta & Fabiano*

Essa dupla da cidade
que encanta e que trabalha
é Pimenta e Fabiano!


É a nossa mocidade
confirmando na batalha
que a luta continua!


É Pimenta é Fabiano
lutando pela cidade
é o povo agradecido
votando no Lula
pra Presidente, Olívio
pelo Rio Grande,
Rosseto pra Senador!


É Pimenta Federal,
Fabiano Estadual,
é o povo da cidade
marcando treze de novo!


Sou Pimenta que esquenta,
sou Pimenta malagueta,
sou Pimenta Federal
Na dobrada da cidade!

Sou viola enluarada,
sou piano afinado
sou Fabiano Estadual
marcando o compasso
da luta até a vitória!


Dá-lhe PT, dá-lhe PT,
sou mais forte que os contrários,
sou eterno militante
nessa luta que acredito,
não me faço retirante!


Sou forte, guerreiro e bravo,
sou braço que se sustenta
pra erguer minha bandeira
e gritar aos quatro cantos
que a dobrada da cidade
é Pimenta e Fabiano!
Elenara Castro Teixeira
Balanço!

Não tenho tempo de revisar minha vida,
de mudar meus caminhos sem ser seguida
por dores, fracassos e despedidas!

Não tenho tempo de recompor afetos desfeitos
em idas e vindas com perdas e danos
para todos os lados, sem ter que esperar
por um tempo que não tenho mais!

Meu tempo é findo, acabou-se no calabouço
de minhas lembranças. Muitos sonhos sonhados
junto contigo para perceber que só o soluço
e a tristeza foi o que sobrou!

Sobreviver para quê?
Viver por quem?
Cansei!

Confissão!

Choro em silêncio, pois a ninguém digo
da tristeza que se apodera de mim,
que se abriga e não tem mais fim
nesse coração que se entregou por inteiro
ao sabor eterno da tua vontade!

Minha dor, cicatriz viva de saudade,
que destempera todos os sabores,
marcando para sempre minhas dores
com a tempera dos que sofrem por amor!

Ninguém percebe, mas a dor que sinto
é por demais insuportável! Me resinto
da tua presença e por não tê-la mais
junto de mim, me escondo para chorar!

Eu morro a cada hora!
Culpas!

Deixa eu me ir para além da tua saudade,
do teu sofrimento, do teu desprezo!

Deixa-me seguir o rastro do esquecimento
para poder sobreviver num pedaço
onde meus versos possam florir!

Deixa-me viver a minha solidão
e ficar no meu canto solitária,
depurando cicatrizes, marcas e feridas,
pois só assim vou conseguir
esquecer que um dia de ti eu me perdi!

Deixa a vida resgatar as contas
das minhas penas, dos meus erros,
pois se os fiz, a mim me cabe pagá-los!

Deixa que eu carregue esse peso,
só não queira infringi-los
ainda mais nas minhas costas,
pois elas já não suportam mais
o desprezo de todos os teus ais
que por amor absorvi pra mim!

Deixa-me virar cinzas ao vento
pois não quero ter endereço
que ali jaz alguém que te amou!

Deixa-me ficar sem adereço,
sem lenço, no maior anonimato,
pois só assim terei a paz
que a vida toda busquei!

Serei lembrança sem ser fotografia,
serei a dor sem sofrimento,
tu serás o verso da minha poesia,
que as minhas mãos conheceram
desbravando a tua geografia!

Eu te esqueço!




Dom Juan!

Você seduz e induz a que fiquemos assim
disponível prisioneira eterna do teu charme,
escravos aos teus pés suplicantes
d’ um pouco de atenção!

Teu olhar sedutor corrompe o meu
vagabundo que se entrega sem alarme,
sem floreios, sem alardes, sem rodeios,
a própria sorte da tua sedução!

Seduzido, meu corpo se entrega,
nas loucuras que fazemos,
mas após cada explosão,
tu escapas, te retiras,
tua partida se faz urgência!

Com outras eu te divido!

22 julho, 2006

Optei!

Cada vez que me pegas
Num só movimento,
Meu corpo balança,
Soluça e se atiça
Pro fogo aceso
Do teu sexo que espreita!

Ah! Essa direita
Que renega meu direito
De poder escolher
Meu gênero pr’amar!

Sou do tempo,
Sou da vida
Que escolhe o meu viver!

Sou mulher!
Fome!

Quero de ti é essa fome de mim,
esse amor sem fronteira, ilimitado,
que me socorre
que me percorre
que me devora
como canibal
quando me engole
quase num gole,
faminto e sedento
d’um suco gelado!
Quero para ti tudo que me consome,
sonho, vontade, um desejo sem nome
de me fazer presente
no teu corpo
feito creme ou suor
e me entregar por inteiro
ao desejo da tua fome!
Me devora!

20 julho, 2006

Pelo Dia do Amigo!
Um Scrap!

Quero ser teu amigo
Como sou para os meu amigos,
Que distantes são presentes
Na medida exata de uma saudade!

Quero ser teu amigo
Na lembrança e na certeza
Que o tempo é o melhor remédio,
Na cura dos malefícios
D’uma amizade arranhada!

Não quero ser precisa
Nem ter todas as certezas!

Quero apenas esquecer
Um tempo que era para
ser, somente de alegrias!
Ser Amigo!

O que é um amigo senão aquele que estende a mão para nos puxar do abismo para depois nos enlaçar num abraço silencioso, a nos mostrar quão grande é o amor que ele sente pela gente, que chora e se emociona com as nossas derrotas e vitórias, como se elas fossem sorrisos ou cicatrizes dentro da sua própria estória!
O que é um amigo senão a voz que se cala, para deixar nosso coração desabafar o infortúnio de amores malogrados, capaz de nos tirar do rumo e de uma vida de alegria, para depois de feito essa catarse emocional, nos acolher na sua casa e oferecer simplesmente, generosamente o seu afeto, um copo d’água e o seu abraço!
O que é um amigo senão aquele companheiro que se aventura em caminhadas por trilhas e picadas, só para levar adiante uma fantasia colegial que fazia coro e eco na nossa juventude e que tínhamos que levar adiante como prova afirmativa da nossa adolescência!
O que é um amigo senão aquele que fica na retaguarda na melhor festa do ano, só para poder voltar dirigindo sóbrio e tão responsável por nossas vidas!
O que é um amigo senão aquele que empresta o ombro e deixa o coração sossegar, quando a cabeça parece rebentar e a gente não consegue mais perceber a vida!
O que é um amigo senão aquele que segredou na alma, as confidências e segredos confessados numa mesa de bar, num bate papo de saudades, num converse virtual em madrugadas frias ou até, numa carta escrita carregada de emoções!
O que é um amigo senão aquele que nos surpreende, nos emociona, nos cativa pela disposição e lealdade e que não cansamos nunca de repetir: É muito bom ser teu amigo!
O que é um amigo senão aquele que nos faz falar nossas piores verdades e mesmo assim, não nos abandona nunca!
O que é um amigo senão você, meu eterno protetor, guardião dos meus segredos, meu quase irmão, meu amigo camarada!
Que bom que você existe!

*INTER*
Time do Meu Coração!

Meu coração temia essa partida,
minha alma aflita me dizia
do sofrimento que eu teria
durante os noventa minutos!

Confesso do meu sofrimento,
da minha angústia, do meu medo,
mas meu coração torcedor
dava sinais que dessa vez
não seria sofredor, aquele
que acreditasse, que a hora da virada,
tão de longe esperada, escreveria
no campo uma outra estória!

Mais um degrau de subida,
mais um passo caminhado,
mais um grito soluçado
no calor dessa vitória!

Avante meu Colorado,
time bravo sem bravatas,
segue em frente tua busca,
teu sucesso está plantado
na força dessa torcida!
Eu te amooooo!

18 julho, 2006

Saudade!
A saudade me consome, me atiça e me enleva, me arrebata e me destrata, é a cicatriz da minha alma que se rebela e que purga, sempre que me distraio de ti!
A saudade me devora, me enluta e amargura meu sorriso, toda vez que me percebo sem a emoção que te retrata em rimas e versos na minha poesia!
A saudade é o xeque-mate na minha vontade de adormecer, é o ranço que mascara o meu humor e me deixa tão dependente do teu sorriso!
A saudade ainda vai me revelar!

Ser Militante!

Podem tirar meus méritos,
e todos os créditos
que edifiquei nesse tempo!

Podem negar meu trabalho,
minha liderança e minha voz,
mas jamais apagarão do meu corpo
as marcas das alegrias!

Sei das minhas dores,
das cicatrizes,
da minha luta
e de todos os matizes
para tornar o vermelho e branco
mais uma vez, as cores
da minha bandeira!

Ser petista e colorada
é ser brava, valente e forte!

É acreditar numa luta,
é sair pela cidade
conquistando passo a passo,
voto a voto em cada canto,
um espaço, uma janela,
um muro, um eleitor!
Podem negar os meus trabalhos,
até me desconstituírem,
podem até se intitular
os paladinos da verdade,
que quem os olhará na cara,
sou EU, militante de coração!

Sou EU que sigo na frente,
que enfrento toda uma gente,
explicando de casa em casa
o que foi feito de bom!

Sou EU militante emocionada
que pego de novo a bandeira
e saio num outro roteiro
buscando mais uma vez,
outro voto para a legenda!
Sou EU que saio de cena
sem saber por que motivo!

05 julho, 2006

Ah, minhas metades!

Se você soubesse como elas pesam,
Como elas calam como elas falam,
Como elas sofrem, que metades
De todas elas morreriam
Querendo viver o meu amor!

Ah, minhas caras metades!

Lindas, tão feias, tão loucas,
Tão doces que todas seriam,
Um pouco perfumes,
Odores e cheiros,
Aromas da morte
Rondando meu leito!

Ah, minhas metades!

Que seria delas
Se não houvesse os sonhos
A violentar minha vontade
De morrer te amando!

Ah, minhas metades!
Onde estão?