31 outubro, 2007

Minhas próprias palavras!

Que tristeza retiro das tuas palavras, outrora tão felizes e emocionadas, que davam calafrios por tanta sensibilidade...
O que acontece com esse coração tão sofrido por amores e paixões tão maravilhosamente vividas?
O que acontece???
Nada na vida esmorece os amores vividos e compartilhados, pois eles sim são a nossa energia, o nosso sustentáculo, o nosso relicário, a nossa fortaleza...
Somente os iluminados, aqueles que viveram o amor na sua plenitude, conseguem viver o âmago dos verdadeiros sentimentos, de amor, paixão e de todas as loucuras que permeiam o hiato entre a sanidade e a loucura...
Felizes são os desvairados que por amor, se perderam nos labirintos da paixão!
Tua tristeza faz parte desse relicário....
Tuas lembranças são as tuas imagens, só refletidas pelo brilho do teu olhar. Só a ti pertence e a ninguém mais!
Seja essa poesia sempre.
Meu Coração!

Não pergunta como anda
meu coração lesionado,
pois não quero saber dele!

Chega de querer fazê-lo vivo,
se a cada dor de amor ele desanda...

Deixa assim ele ralado,
tal qual queijo suíço,
a mercê que o tempo apague
o seu último suspiro!

Vou feliz nessa cruzada
sabendo que amealhei
ao longo dessa jornada,
a emoção dos amores
nas loucuras da paixão,
e nos beijos e abraços,
deixei a minha energia!

Te tudo isso levo a certeza
de ter vivido contigo,
o amor que me deu guarida,
mas pelo céus não pergunta
como está meu coração!

Ele sofre...

30 outubro, 2007


Sou barco, vela a deriva!

Como tudo, como o tempo
que ultrapassa palmo a palmo
a nossa estória linear,
minha vida desde hoje
conta o tempo que me resta!

Sem mais sonhos para sonhar,
versos para emocionar,
pego passagem de ida
e parto para o além mar!

Vou de vela desfraldada,
muito velha, quase rota,
numa embarcação avariada,
onde meu coração sufocado
não mais coordena a batida
do meu amor por ti!

Sou emoção desvairada,
lançada ao mar sem aviso,
entregue ao léu do destino,
por essas coisas da vida!

Navego a ermo o caminho
sem ter ao lado o carinho
dos muito que tive na vida!

É esse o mar que enfrento
no comando dessa nau,
que não mais agüenta
o peso de todos os ais,
dos quais não posso mais esconder!

Sou barco, vela a deriva
num último sopro, buscando...

20 outubro, 2007

ImPACto!

Estranho voltar ao fim
e remontar o pedaço
do que ficou para trás!

Um novo começo
com tudo pra se fazer,
deixando a margem
do tempo, a mágoa
da despedida!

Como encarar esse recomeço,
com ânimo e galhardia,
senão acreditando que o forte
é aquele que renasce da injustiça!

Sou a valentia farrapa e guapa,
de meus antepassados valentes,
guerreiro bravo e mordaz,
que ao som de uma corneta
seguiam ao trote à batalha!

Recuperar a estima
da emoção vitimada
é voltar e ser capaz
de dar a volta por cima!

Volto com honra, a pedido
de quem me pôs a nocaute,
a trabalhar num projeto
por quem dei o meu sangue!

Como diz o velho ditado,
se águas passadas não movem moinho,
tampouco perco a bravura
de buscar outros caminhos
pelo em torno dessa cidade,
que eu amo de paixão!

Que o PAC me leve de volta
ao encontro da emoção,
e faça do meu coração militante,
força e voz para mais uma vitória!

17 outubro, 2007

Mesa de Bar!

Vi passar ao largo,
rumo avenida acima
com uma aparência cansada,
quase arrastada pela ressaca
desse presente amargo,
a parte boa da minha vida!


Emocionada acompanhei
teus passos atravessando a rua
rumo ao portão daquela casa,
que não é bem tua casa,
mas que abriga tuas memórias,
teus fantasmas e fantasias!


Longe e também tão perto,
ali numa mesa de bar,
lembrei das nossas estórias
e com água mineral,
brindei todas as vitórias
da nossa vida conjugal!


As tristezas apaguei,
porque só quem amou
com amor o seu amor,
consegue refazer o caminho
e dar um novo carinho
para essa saudade,
que não chega a machucar!

14 outubro, 2007

Braços Abertos!

Fui marca, tatuagem e cicatriz,
mestre e aprendiz dos teus encantos,
e sem medo alcei todos os vôos
para te fazer feliz!

Percorri os teus recantos
com tanta vontade que me fiz
luz e brilho no teu olhar,
e deixei o meu coração
ao alcance do teu amor!

Amor que desarmou minhas defesas,
medos e senões, temor
de quem um dia sofreu
todas as dores do desamor!

Vivi contigo o melhor amor,
a melhor das estações,
com direito a repeteco
sempre que a saudade
estiver nos maltratando!

Esse amor foi nosso
e de mais ninguém,
mesmo que tenha havido
enxertos pelo caminho!

A vida nos encontrará
sempre de braços abertos!

12 outubro, 2007

Lembranças da Minha Infância

Já faz tempo
que tomei chuva
com os pés descalços,
brinquei de barro,
e subi em árvores.

Soltei pandorgas,
joguei bola de gude
e desci a Silva Jardim
de carrinho de rolimã.

Tomei banho de açude,
comi pitangas e amoras
e fiz das minhas manhãs,
verdadeiras madrugadas
esperando o trem,
para em férias seguir feliz
em direção do Alegrete.

Pesquei lambari no Rio Caverá
e busquei na lavoura,
milho verde para assar
no fogo de chão, do galpão,
e muita melancia madura
para matar a sede de um verão
quase sempre inesquecível!

Faz tempo que o tempo passou,
muitas coisas mudaram,
mas só não ficou para trás
as lembranças dessa infância
e da criança que ainda sou!

11 outubro, 2007

Esquecimento!

Esqueci pelo caminho
meus sonhos e fantasia,
misto de solidão e poesia
na rima imperfeita
da minha saudade!

Esqueci a cor e o perfume,
que aliciava a minha fome
pro teu corpo e pro teu cio,
prato requintado de sabores,
que a minha gula sorvia!

Esqueci a escada e os degraus
da tua casa, cama e mesa,
teu abraço e teus lençóis
que nas noites fria, aquecia
feito lareira, meu corpo que ardia
como brasa de desejo!

Esqueci teu beijo e tuas juras
e no meio de todas elas,
aquela de que eu era
tão somente o teu amor!

Esqueci de tudo um pouco,
menos o meu lado lúdico
de andar de bicicleta!

05 outubro, 2007


Parabéns!
Feliz aniversário!
Saúde e felicidade!
Palavras que sempre ouvimos quando do nosso “niver”, seja por nossos afetos, seja por nossos amigos, familiares e afins!
Mas o que é esse dia afinal na vida de quem é sempre lembrança, quase saudade?
Não saberia responder, apenas conjeturar, poemar talvez!
Estranho fazer essa saudação tão especial, estando longe e não podendo estender num abraço o meu carinho, sequer emitir o som da minha voz, e numa troca afetiva, saudar com alegria que hoje é teu aniversário e que não me esqueci dele.
Mas os caminhos da vida são múltiplos e múltiplos são os nossos sentidos e com certeza no recôndito mais harmonioso das nossas lembranças, nosso olhar sossega a melhor das nossas imagens! Sejam quais forem, são doces e ternas!
Heloísa, desejo nesse dia o canto do Sabiá Laranjeira em festa, num pé frondoso de amoreira madura, um Pôr-do-Sol radioso com uma leve brisa a balançar suas folhas, deixando uma doce fragrância no ar de pura natureza! Energia que nos abastece e nos mantêm acessos para vida que a cada dia bate no nosso coração, na nossa alma e no nosso olhar!
Que as força do bem e da Mãe Natureza sejam as guardiãs da tua saúde, das tuas alegrias e dos teus sonhos e por que não, das tuas fantasias!
Parabéns!
Feliz Aniversário!
Saúde e felicidade!