28 maio, 2011

QUANDO

Quando olho no espelho
e vejo os meus detalhes,
descubro os entalhes
que o tempo deixa,
que eu não me queixo,
mas percebo e me deixo
levar pelas quimeras!

Quando olhos minhas mãos
percebo que elas não são
a força que te conduzia,
mas apenas duas mãos
num pedido de socorro!

Quando olho pros meus olhos
e vejo que o brilho que havia,
ficou no teu adeus,
tenho raiva de mim mesma
por ter sido tão leal!

Deveria ter sido como todos
que provaram e foram embora!

Que ironia!

2 comentários:

Anônimo disse...

Elenara!

Escrevi esse poema em 2008, e quando reli, me lembrei de ti... Olha só:

DOS GRILHÕES

teus grilhões são auto impostos
tua vida, sempre tua
ja decida, e passo a passo
teus grilhões então destrua.
Viva a vida simplesmente
de momento a momento
sem prisões auto impostas
sem tristeza, sem tormento

Fica bem, ok?
Ivania

Elenara Castro Teixeira disse...

Ivânia!
Ah minha querida!

Como seria a vida sem esses grilhões que nos amarram a vida, como seria o amor sem esses grilhões que nos levam às lágrimas, como seria a vida do poeta se não houvessem esses grilhões a lhe atormentar a vida?
A vida não seria nada...
Mas viver a vida sem prisões auto impostas, sem tristeza, sem tormento, é ter vivido a vida sem um amor a lhe encantar a alma.
O grande problema minha amiga é que, quando amamos no outro o nosso ideal de amor, tudo se complica, pois o melhor do amor do outro está na nossa cabeça, no nosso coração e não no objeto do nosso amor.
Sendo assim, somos capa e capacho de quem se deixou amar, pelo nosso amor.
Se alimentam do nosso melhor e se vão, não importando-se com a tristeza que fica em nosso coração.
Estou assim, sem uma palavra para me confortar a alma...