21 maio, 2011

ANJO POETA

Desolada,
incomodada contigo
até às vísceras do meu fígado.
Infeliz e desnorteada pego
tudo de ruim
depois daquele dia...

Primeiro foi a gripe,
a dor de cabeça,
o coração batendo sonolento
e o sono cada vez mais
fugindo de mim,
numa insônia desgraçada
a me queimar os olhos!

Eu que tanto te amava,
sem entender o por que
das tuas palavras, hoje
soletro palavras de raiva
e finco a caneta na alma
para sangrar o anjo
que tenta me fazer perdoar!

Preciso lutar sem trégua
para dominar a magoa
que faz fugir de mim
a vontade de viver!

Fico pasma quando vejo
que depuro o fel
na tentativa vã
de ainda te ser fiel!

Estranho é esse amor
que brada,
que sofre
que roga praga,
que se retorce
mas não morde,
pois sabe que é só
da boca pra fora!

Como esbravejar
se meu grito não ecoa,
e se me faço muda,
apenas jogo palavras
no meu PHOEMAHS!

Exercito a terapia da escrita
mais uma vez por amor
e te faço ainda mais bonita,
quando chamo de minha MUSAH
a mulher que me faz sofrer!

Mecanismo literário
para não te fazer pior,
sou poeta e nas estórias
morremos todos por amor!

Oh, dor que me destruiu!

Um comentário:

Anônimo disse...

Oh, grande poeta!
O amor só pode ser cego mesmo...
Se todos esses phoemahs estao sendo escritos para aquela feiosa que esta contigo na capa da Caras, só posso dizer...tira essa venda dos olhos, de uma vez por todas.
Tem muito peixe nesse mar que te rodeia!