08 junho, 2006

Me Deixa Morrer!

Se não estamos mais e já não somos o que um dia já fomos, porque essa ciumeira do teu par companheiro, amigo agora das tuas horas, sem pressa?
Não temos mais nenhuma graça de amor para ser alcançada, que não te permita dar certeza para quem contigo está agora!
Fico pasma quando percebo que não me deixas morrer no teu afeto, mesmo criando para mim um desafeto que em nenhum momento alimento, pois permaneço distante, quieta, no meu canto, sozinha!
Não entendo esses sintomas, teu comportamento, teu jogo!
Sê permaneço longe, sem ter nunca me expandido entre outros abraços que não fossem de apreço, carinho e atenções, não consigo pactuar e aceitar que tenham ciúmes de mim, se nada fiz ou faço para isso!
Estou fora a tanto tempo da tua vida que não saberia exemplificar nenhum dos teus novos desejos, pois não mais acompanho, sequer a tua caminhada, o teu jogo de cartas, os teus segredos, teus amigos, tua fantasia, o teu novo caso de amor.
Tudo está posto de modo tão claro em minha mente e no meu coração que não temos mais nada entre a gente, que não apenas carinho eterno, que ficar sabendo que não podemos estar no mesmo lugar, é por demais estranho, e confuso realmente.
Não quero acreditar que teu momento hoje dividido com outro alguém esteja de algum modo sendo ocupado pelo meu fantasma, pois só assim eu compreenderia os motivos e as razões dessa insegurança que teu afeto hoje presente ao teu lado, sinta com a minha presença, mesmo que na vil imaginação de quem não se sente seguro nos amores que desfruta!
Se hoje estou só é porque tive coragem de sair da nossa relação e viver uma emoção e um encantamento que vou levar para todo o sempre no meu coração, como levo também todas as estórias e momentos de amor que a gente viveu num tempo que hoje é passado, mas que vive em nós de uma forma bem presente em nossas vidas, agasalhado, protegido num lindo e apaixonado caso de amor que por muitos anos vivemos, mas que hoje é passado, só isso, nada mais do que isso, passado!
Assim desse modo, não entendo que teu amor tenha tanta insegurança ao teu respeito para comigo, se eu mesma desejo que vivas o teu maior e o teu melhor amor!
Lembras a diferença entre ser o maior e o melhor amor?
Eu lembro!
E nessas lembranças é que nos amarramos, pois essa vivência, essa experiência nada e ninguém vai nos tirar, é puro patrimônio afetivo, emoções repartidas que vamos levar para sempre em nossas vidas!
Cuida do teu novo amor e me deixa morrer!

11 comentários:

Anônimo disse...

Nossaaa!!!
Estava em estado de graça quando deixou teu coração ditar essa maravilha.

Anônimo disse...

Como podes ser assim tão carinhosa e ter esses cuidados para quem não tens nada a dever. Deixa que sintam ciúmes, pois o problema não é teu e sim de quem não tem competência para lidar com alguém que vem de uma longa estória de amor.
É primário que todas as pessoas possuem passado amoroso e é impossível negar essa existência. Deixa que quem tem ciúmes se arranje, não é tua culpa. Que a pessoa amadureça!
Sabes daquele velho ditado: "Quem não tem competência, que não se estabeleça" Esse texto na minha avaliação quer dizer exatamente isso!
Simplesmente maravilhoso!

Anônimo disse...

Não tenho vergonha de confessar que chorei ao ler esta crônica de amor desfeito. Que sensibilidade! Que emoção percebida em cada frase, em cada colocação. Que emoção!
Minha menina, tua arte é um dom divino que veio até nós para nos emocionar.
Fiquei chocada no bom sentido ao devorar cada uma das tuas palavras e viver a sensação de me sentir engasgada de tanta emoção. Fiquei ao final da leitura toda arrepiada, com a clara sensação que o amor ainda me comove! Que bom que posso ainda sentir essa emoção, mesmo que seja por meio de leituras que faço, sempre que posso.
Amei esse texto, é verdadeiro como os teus sentimentos.
Parabéns!

Anônimo disse...

Nunca imaginei que choraria ao ler uma crônica tua. Rendo-me ao teu fascínio!
Bjs!

Anônimo disse...

Expressar-se de modo tão sutil e inteligente, merece nosso respeito, ainda mais quando consegue compartilhar sentimentos e emocões, deixando a sensacão de que fizemos um dia, parte desta história.

Anônimo disse...

Fico a me perguntar, como podes ter esse manancial de afetos, carinhos e paixões e estar sempre dando murro em ponta de faca, quabrando a cara e sozinha?
Como?
Como esse amor que transbordas na emoção das tuas palavras não conseguem te fazer cativa de um coração?
Como?
Acho uma preciosidade teus textos e poemas. Parabéns!

Elenara Castro Teixeira disse...

Tânia!
Com certeza eu me fiz cativa de amores e paixões ao longo da minha vida.
Fui amada e intensamente amei, também, e estar agora só, não me faz uma triste sem amor, muito antes pelo contrário.
Sou feliz porque vivi o amor na sua plenitude e isso por si só já vale a minha existência.
Tanto isso é verdade, que ainda hoje sou fantasma.....eheheheheh!!!
Um abraço!
Te agradeço pelas palavras carinhosas.
Bjs!

Anônimo disse...

Se antes com poesias já era muito bom, imagina com textos maiores...
Vai ser fenomenal!!!!
Amei essa crônica onde deixa bem claro o que pretendes atingir....rsrsrsr!!!
Vou esperar os desdobramentos....
Beijão!

Anônimo disse...

Quando falas: "Me deixa morrer", está falando de me esqueça????

Anônimo disse...

Como é bom estar contigo nesse Blog e ficar possuída de emoção.
É demais!!!
Sou fã dos teus poemas.

Anônimo disse...

Querida!!!
Ler essa texto, remete-me aos confins das minhas lembranças... Fico imaginando a tua vida com esse amor, onde foste e fizeste feliz um dos mais belos casos de amor que eu conheci...
Conhecer todo esse processo de amor e ter acompanhado de longe a tua vida, deixa-me extasiada com o modo que entoas as tuas lembranças fazendo versos de amor para quem hoje já não mais está contigo!
É linda essa tua posição, essa tua atitude!
És digna no amor vivido e até para o amor abandonado!
Comovo-me com as tuas histórias.
Te quero sempre com essa ternura, com esse amor, que tão poucos conhecem!!!!!
Sou feliz por te querer!
Bj!