25 maio, 2011

POR QUÊ

Feito escova de aço,
tu cardas minha alma
até sangrar, como s’eu fosse
tua cantiga ou teu brinquedo!

Com um prazer mórbido
a lhe deliciar os lábios
sorris de soslaio,
pouco importando s’eu saio
destroçada desse imbróglio,
sem resposta que me faça
compreender esse martírio!

Minha vida ta um fracasso,
não saio pra lado algum,
tô presa, conectada a um
só pensamento, por quê?

Sem ter resposta me acabo,
dou fim ao último suspiro
que eu podia conservar,
meu riso e a minha alegria!

Tenho uma tristeza
que não cura e nem cicatriza,
só purga todo o dia
as dores das tuas palavras!

Tô na alma, derrotada,
na cabeça, abarrotada
de porquês que não respondo!





6 comentários:

Anônimo disse...

Claroh que o monstroh sagradoh da tal da ex-musah ficah sorrindoh de soslaio...
Tu não para de escrever poesia sobre ela!!!
Ela esta se achando a própria Brastemp, fazendo a poeta mais amada do Brasil sofrer feito uma condenada...
Corta o cordão umbilical de uma vez por todas, Elenara!

Elenara Castro Teixeira disse...

Minha leitora anônima!
Ledo engano!
Não escrevo para a minha EX-MUSAH, nada tenho a exaltar nesse momento que mereça a minha exaltação maior de um amor bendito...
Escrevo assim agora, para exorcizar os fantasmas que ficaram do amor que senti que ficam perambulando pelas minhas noites e que não me deixam em paz, nem descansar eu posso, pois dormir está sendo um sacrifício para mim.
Escrevo para espantar as dores silenciosas que se abatem sobre a minha alma e o meu coração e que me deixam terrivelmente triste.
Só por isso é que escrevo!
Faço a minha terapia com as minhas próprias chagas, com o meu próprio sangue na necessidade urgente de compreender o que faz um ser humano ser tão cruel na sua despedida, que já estava acordada para ser serena e amistosa, sem traumas, sem agressões...
Escrevo por não entender esse desfecho atroz das palavras que foram ditas, só por isso...
Quanto ela sentir-se uma BRASTEMP ou uma ENXUTA fora de linha, não estou nem aí, apenas queria a minha alegria e o meu riso escancarado.
Disso sim eu sinto falta, e como!
Do amor?
Ah, disso eu me refaço aos poucos!!!

Anônimo disse...

Isso tambem vai passar. Ponto. Final.

Anônimo disse...

E como ja dizia o grande Fernando Pessoa, " o poeta e um fingidor, finge tao completamente, que chega a fingir que e dor, a dor que deveras sente..."
Em outras palavras, estas em boa companhia!

Elenara Castro Teixeira disse...

Sei que sim, mas enquanto isso não acontece de vez, me debato em palavras, tentando lhe retirar da minha alma, das minhas lembranças...
Fico nessas horas como um pêndulo de um velho relógio, pra lá e pra cá numa rotina que me mete medo.

Elenara Castro Teixeira disse...

Puxa!!!
Quem me dera pudesse EU passar por perto desse poeta da alma!!
Ele sim é o CARA!