19 fevereiro, 2011



MINHA MUSAH
S’eu pudesse nessa hora de amargura
decifrar os enigmas da ternura,
por certo não estaria tão estranha,
com essa dor que arranha
minha pele, sufocando de dor
a voz que não quer calar!

Como posso reclamar da sorte
de ter vivido um amor enlouquecido,
se foi nele que encontrei a certeza
que um beijo selaria o meu encontro
com a fatalidade, e que ele morreria
a cada negativa da tua vontade!

Sei que nada fiz pra escapar
da tua teia, aranha sedutora,
que em noites de desejo
calava com beijos os medos
e com o perfume do teu sexo,
minha vontade de fugir!

Sei a razão do lamento
que açoita esse momento!

Deveria ter fechado no início
meu coração vagabundo
que sem nenhum receio
abrigou os teus segredos!

Mistérios noturnos de madrugadas
silenciosas, onde chamadas
furtivas, de um outro lado
proibido, ecoavam pelo quarto
ainda perfumado pelo sexo
que sem nenhum complexo,
fazíamos amorosamente!

Deveria ter saído nessa hora,
aproveitado o momento
pra não cair nessa armadilha!

Perdi o tempo!

Hoje nem fugir
eu consigo, pois meu corpo,
acabrunhado de saudade
não consegue te encontrar!

A quem te amou assim,
somente o tempo trará a paz!

2 comentários:

Rosa disse...

Lindo!!!!
Emocionante, voce consegue traduzir o amor quase perdido em um poema.
Amei demais......
Bjs!

Elenara Castro Teixeira disse...

Rosa!

Infelizmente ELE não está quase perdido, ELE está totalmente perdido!

Eu não queria, mas é essa a verdade.

Obrigado pelo comentário e pelo carinho.

Um abraço!