Quem saberá?

Não queira saber de mim,
para que a dor não multiplique
tuas noites de insônia!

Não queira saber de mim,
para que o amor não complique,
ainda mais tua agonia!

Deixe-me longe, sossegada,
no meu canto poemando
a minha e a tua fantasia,
ora dizendo que te amo,
fazendo de conta que te chamo,
ora atendendo o teu chamado
e me deixando ser amada!

Não queira saber de mim,
para que a outra não perceba,
que ainda sou a luz
e o brilho do teu olhar,
o teu medo de sentir
outra vez o mesmo amor!

Não queira saber de mim,
pois posso ficar afim
de morrer no teu abraço,
e aí não terá ninguém,
que me deixe sossegada!

Não queira saber de mim,
deixe-me no meu canto
poemando tua saudade,
vai ser melhor assim,
mas nunca esqueça,
que o futuro a Deus pertence!