28 agosto, 2006


Fico na Minha!

Rio-me dessa paranóia,
dessa avalanche,
dessa “jóia”
que feito uma jibóia
entrelaça minhas mãos
e me lança as feras,
na tentativa vã de sufocar
o que apenas traduzi
em palavras!

Emoções são sinais da alma
que se revelam no olhar
e mesmo não tendo a calma,
terás que absorver na marra
que tudo o que foi dito,
escrito e registrado, não será
desdito, sequer desfeito,
mas pelo contrário,
reafirmado num outro cenário
muito além da tua vontade!

Faça outra explicação
para teu fiel escudeiro,
eu estou fora!

Cobro o escanteio
mas não cabeceio,
faça teu jogo!

Seja Dom Quixote De La Mancha
ou Sancho Pança, salva a tua pele
mas não me chama para esse rio,
pois estou fora do teu desvario!

Fico na minha!

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha querida amiga!
Hoje não posso passar sem deixar aqui registrado o meu mais profundo elogio!
Tenho lido seguidamente os teus poemas e sempre acabo ficando encantada com a temática de todos eles.
E olha que são varios!!!
Esse é ensolarado!
Tem vida, calor, carinho, amor, amizade, determinação, inteligência e acima de tudo emoção, ironia e uma fina e simpática melancolia.
Ele é o máximo!
Desconheço alguém que consiga misturar todos esses sentimentos e mesmo assim, deixar o texto desse poema emocionante, leve e tão real.
Te admiro profundamente.
Hoje eu li pelo jornal um poema teu que saiu, também lindo demais.
Tudo em ti é coração!