26 novembro, 2005

Meu Silêncio!

Tomas o silêncio como escudo
supremo para a tua solidão,
preferes a meditação,
o isolamento, a uma mão
amiga e carinhosa.

Rejeitas meu momento
de amor, por causa
de um drama (in)consciente
que magoou teu pensamento.

Pare um só instante,
acima dos teus complexos,
além do teu plexo
mas em frente de teu sexo.

Saia pela noite afora,
ternamente, sem medo
e vá ao encontro
do teu desencontro.

Penetre nessa consciência
que te desarmoniza
e te descubra.

Saia dessa lagoa
profunda em que te encontra
e traze tua mágoa
a luz da compreensão.

Não faça do silêncio
a poderosa arma,
que aniquila o vôo
silencioso de quem ama...

Achegue-se a mim,
não importa se timidamente...
Tome minhas mãos
e sinta que o silêncio
de outrora, era receio,
medo sufocado, frustração
de haver dado um dia
aquém não merecia,
tua ternura insegura.

Sinta agora esse silêncio,
o meu silêncio!
Escuta por um instante
apenas, esse silêncio de amor,
esse encontro final
que transformou um momento
solitário, no mais belo dos momentos...

O momento consciente
de duas almas, que afinal
encontraram-se simplesmente!

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