23 novembro, 2005

Amor Moleque!

O frio que dilacera a pele
e que na fome se consome,
é fogo que queima a carne,
que desnuda se encolhe toda!

É chama que não aquece,
é rima que não combina,
é verso que não se escreve
no coração d’um poeta!

Teu amor foi bem assim,
matreiro na sedução
de me atrair para a paixão!

Foi algoz do meu amor,
que não sendo da tua vontade,
é livro que não se abre
nem página pra se escrever,
a dor do teu desamor!

Sou presa fácil do teu encanto,
do teu dengo e do teu cheiro;
a ponto d’eu ter clareza
que ao sair da tua vida,
deixo também a vida
que um dia tive certeza
não poder viver junto contigo!

Vou adiante, desolada,
tropeçando na emoção,
levando no coração
a saudade daquele beijo,
que um dia de surpresa
roubastes da minha boca
enlouquecida de desejo
e que até hoje não esqueço!

Mesmo tendo errado no carinho,
não levo junto comigo
o dano do desalinho!

Fui presa do teu chamego,
do teu sexo e do teu cheiro,
que num distante janeiro
possuíram os meus sentidos...

Deixo teu amor moleque
encantar outras paixões!

Santa Maria
17/05/2004

2 comentários:

Anônimo disse...

Divino!
Simplesmenmte maravilhoso!!!
Real demais minha amiga....

Anônimo disse...

Que coisa mais maluca!
Como é que consegues, com a tua poética, tocar tão fundo nas nossas emoções...
Que coisa boa, também estou nesta nova fase, tomara que sejamos felizes.
Um beijo!