12 junho, 2011

NEGUE

Num tempo de farturas e risos,
vivi um amor encantado,
de perfumes, flores e rosas,
pura exaustão de emoção
para um amor maduro.

Num tempo de aventuras e acasos
você se fez armadilha,
e como loba sem matilha,
começou fazendo parte
do melhor da minha vida.

De início maravilha,
loba no cio,
ardente e tão gostosa,
lépida e faceira,
saboreada sem atalhos,
passo a passo degustada
sem a menor das parcimônia.

Confesso sem cerimônia
que o cardápio principal
das horas dos meus dias,
era quando tu pedias
e deixavas por inteiro,
teu corpo aos meus cuidados!

Negue isso se for capaz
de mentir para ti mesma!

Negue!

9 comentários:

Anônimo disse...

Ou seja...a novela continua!
Não terminaste nada coisa nenhuma, continuas escrevendo poesia pra tal da Musa que não é ex-musa coisíssima nenhuma.
Estou desapontada!
Dessa maneira, nunca darás uma oportunidade pra um novo amor acontecer...
Olhe a sua volta, deixe de ser cega!!

Elenara Castro Teixeira disse...

Entendo o teu desapontamento e a tua crítica, mas procura entender só um pouco, não se apaga um sentimento num estalar de dedos ou através de uma clicada no teclado de um computador.
Luto para libertar-me e sei que irei conseguir, mas ainda é muito recente. Tudo está ainda vivo e ativo dentro de mim, tudo é muito recente. Dia 16 vai fazer dois meses que eu não falo e não a vejo.
Ter deletado quase 200 poemas foi muito cruel e me doeu demais, mas o fiz, o que demonstra que eu tento e quero me libertar ...
Lembrar faz parte do processo, o coração e o cérebro ainda registram sinais, é como acontece quando alguém amputa uma parte do corpo e o cérebro emite sinais como se não tivesse havido perda. Leva-se tempo para o cérebro assimilar a falta. Acho que me encontro nesse estágio.
Amei muito, ainda amo, mas preciso esquecer, superar as palavras e partir dessa. Libertar-me também das lembranças e da saudade que eu não nego, sinto!
É difícil a gente sozinha sair de uma relação, mas fazer o que se é assim que estou tentando sair...
Quanto a novela continua, não te preocupas que essa não vai ter reprise no "Vale Apena Ver de Novo"...ehehehehehe!
Um abraço!

Anônimo disse...

Elenara, sei bem a dor que estas sentindo. Já passei por isso, essa de ser deixada pra trás quando eu menos esperava. Dói pra caramba. O que eu aprendi com tudo isso? A pessoa que nos deixa, passou pra outra, e a ultima coisa que " os que nos deixam" querem ouvir é o porque, mas porque, mas porque??? Que nos tormenta. Quanto mais a gente reclama, e se queixa, maior o abismo se torna. Na real, a coisa toda torna-se o típico "te peguei nojo". quanto mais fraca a gente se mostra, maior o desprezo. Por essa, não passo nunca mais!!!

Elenara Castro Teixeira disse...

Sei o que queres dizer, mas o que eu quero entender é o porque das palavras que me foram ditas e não porque nos separamos.
É uma longa estória a nossa, mas só para te resumir eu te digo: Já tínhamos decidido acabarmos com a nossa relação de modo amigo e civilizado, mas tínhamos uma viagem para Porto Seguro planejada a tempos, tudo pronto e pago, presente que nos dei pelos meus sessenta anos e também pela minha aposentadoria.
Iríamos juntas e na volta cada uma de nós seguiria a sua vida, sem nenhum problema. Construiríamos outras relações mas amigas seríamos sempre, isso pelo menos era o que eu pensava que seria.
Viajamos juntas, o passeio foi lindo e maravilhoso e na volta, um dia depois, pediu-me uma carona e depois de irmos ao mercado, na frente da casa dela, ocorreu o inesperado: Despejou de forma surpreendente uma agressividade verbal que me feriu a alma, que me deixou chocada e que eu nunca poderia esperar que viesse da parte dela. Falou, falou e falou...e não quis que eu falasse nada, só escutasse.
Choquei-me tão profundamente que adoeci de desencanto.
A minha mágoa não foi pela separação, essa eu já tinha assimilado muito antes de viajarmos e sim pelo palavreado que me foi dito dentro do carro. Por mais que eu pense, queira e precise entender eu não consigo...
É isso que me martiriza, que me tirou do prumo e me deixou assim, visceralmente triste e magoada e não a separação.
Desde aquele final de tarde na frente da casa dela eu não a vi mais ou falei com ela e olha que dia 16 fará 2 meses, ela que tentou sinalizar um “conversê” pelo MSN com um “Oiê” dias 8, 9 e 10 de junho mas que eu não aceitei, meu silêncio foi a resposta!
Como falar virtualmente se a dor e a mágoa não são virtuais. Se falarmos um dia será pessoalmente e terá que vir pela parte dela essa aproximação.
Em tese, esse é o resumo da “ópera”, amigo(a)!

Maria Odette disse...

Então foi assim!!!
Mas que raiva dessa mulher eu estou Elenara!
Como ela pode agir assim contigo.
Eu também ficaria puta da cara se tivesse acontecido comigo.
Poxa, deve estar sendo mesmo uma barra para ti esse desfecho, desse modo que aconteceu.
Mas ela paga, com certeza ela pagará pela vida essa crueldade, Ninguém tem o direito de destruir a emocionalidade de alguém assim, não compreender a beleza do gesto e também o propósito da viagem.
PQP, um dia depois da viagem é foda mesmo. Acredito até que nem jeito de contar sobre a viagem para os teus amigos tu teve. Foi cruel!

Elenara Castro Teixeira disse...

Bingo!!!!!

Anônimo disse...

Obrigado demais por finalmente clarear o porque do desfecho pra nós, que estamos sofrendo contigo. Quer dizer que, ao invés de te agradecer por um belíssimo passeio, com todas as despesas pagas, essa mulher vai, e mostra as garras??
Pobre de ti, Elenara! Entendo como te sentes.
Pedra em cima, ponto final, e de agora em diante procura te rodear de pessoas que sejam generosas como tu.

Elenara Castro Teixeira disse...

PS:
Só para não cometer injustiça para com Ela, o pacote presenteado da viagem para Porto Seguro incluía avião, translado, hotel, café e janta, mas as despesas pessoais fora disso, cada uma se garantia.

Valeu o retorno do comentário!

Ana Júlia disse...

Elenara, tua MUSAH é como Judas, com a maior desfaçatez te negará quantas vezes precisar se for do interesse e conveniência dela.
Tens alguma dúvida!
Eu não tenho mais!!!!

Mas não nego que o poema é lindo!!!