01 abril, 2011


BODOQUE
Como quem pega um pássaro ferido
Pela mira certeira de um moleque menino,
Com seu bodoque colorido,
Acolho em minhas mãos ainda fortes
Teu corpo já marcado por cicatrizes
Que a vida e os amores causaram!

Embevecida e com olhos marejados
Pela emoção de um amor
Já pensado acabado
Nesse meu tempo vivido,
Percebo a cada instante
Que sou ainda muito mais criança!

A fantasia, o sonho de construir castelos,
De querer visitar a lua
E buscar todas as estrelas
Para enfeitar os teus cabelos,
É direto na rotina dos meus dias!

Desejar o teu corpo Com meu olhar faminto,
Com um riso de malícia
A me enfeitar a face,
É marca registrada
Quando eu saboreio as iguarias
Do teu sexo e do teu seio,
Que de modo incontinente
Se entregas linda, doce e nua,
Na bandeja como um banquete!

Amo te erguer feito um cálice
E te beber como gota final
Do mais fino champanhe,
Da melhor safra, que a vida
Já me proporcionou!

Tim Tim, um brinde minha vida
Pelo melhor que já rolou
Entre a gente, minha querida!

Eu te saúdo com o meu melhor amor
Na certeza que és uma flor,
Espécime rara, em extinção!

Eu te cuido com a fé dos peregrinos,
Com a fome dos desvalidos,
E na ilusão romântica dos poetas
Como sendo também o teu amor!

Que a vida se apresente em luzes
Nos teus sonhos e sem revezes
Para frente, possas descobrir
Que também és o meu amor!

Um comentário:

Ana Júlia disse...

Elenara!
Quando verdadeiramente amamos, é com todo o cuidado que cuidamos o nosso amor.
É maravilhoso e encanta-me profundamente o modo delicado como tu amas esse teu amor.
É zelosa com aspectos que comumente não encontramos nas pessoas das nossas relações.
És delicada na essência desse amor e é justamente isso que mais me agrada na tua poesia.
Fico extremamente feliz ao ler-te.
Parabéns e continues assim, para o nosso deleite e prazer.
Um abraço!