08 janeiro, 2011


REZA OU MANDINGA

Na busca diária da tua paz
Rezas o pai nosso de cada dia
Para que eu seja capaz
De encontrar minha alegria!

Fazes jejum, penitência,
Toda sorte de oferendas
Para eu ser um pouco mais feliz!

Mas afinal o que eu fui na tua vida
Para tanta regalia,
Para tanta devoção,
Se nem do meu coração
Estropiado você cuidou!

Não entoe cantos nem rezes,
Deixa a roda do tempo
Cuidar das cicatrizes
Que o meu corpo
Tão exposto ao teu carinho
Se deixou enfeitiçar!

Não rezes, não ores, não chores
Não me chame em pensamento,
Pois posso fazer morada
Nos teus pesadelos
Arrepiando os teus cabelos,
Do teu corpo já saudoso de mim!

Não reza, não fica afim,
Pois outro te embala agora!

4 comentários:

Elenara Castro Teixeira disse...

Amor da Minha Vida!

Não faça coro,
não faça caso,
não faça nada,
mas essa tua reza
foi pura motivação
para eu te fazer mais um poema!

Achastes um jeito
de rezar um terço
para achar um meio
de me levar a uma cama
de um quarto de Motel!

Pois bem eu aceito,
partilhar teu leito!

Escolho a Cabana Seis,
e provo que com amor,
dois é bem melhor que três!

Não faça cara.
não faça nada,
não diga nada,
apenas rabisque na tua agenda
dia e horário e não se arrisque
perder a tua hora!

Ivete Mello disse...

Tá demais!
Não consigo resistir, tenho que passar por aqui.
Sempre existe algo bom para se ler.
Como gostaria de usasr as palavras com fazes, mas não consigo sair do chão, digo papel...
Tu reinventa inclusive a própria dor.
Continue!

Helena Beatriz Fernandes disse...

Quando pisamos na bola a alternativa para se remediar os estragos, é realmente pedir a Deus que nos ajude.
Se ela reza, no fundo é porque se sente culpada de alguma coisa.
Perdoa, deixa ela se redimir...
Cada um escolhe o seu caminho e o seu calvário.

João disse...

Hilárioooooo!!!