29 janeiro, 2011

INDÍCIOS
Quando dei por conta,
já tinha atravessado a rua,
claro indício que tuas luas
ainda clareiam meus pesadelos!

Eu do outro lado desnuda,
com o coração aos pulos,
de soslaio te olhava,
ainda com tanto amor!

Estranho, pois enquanto
eu mudo o percurso
do meu caminho
e curto a vida ao relento,
tu mudas o curso
da tua vida e morre!

Cabeça baixa, corpo curvado,
claro indício que a vida pesa,
cede e passa!

Cadê o teu sorriso
e o olhar apaixonado?

4 comentários:

SU disse...

No verdadeiro amor não deveria existir operações, pois não?!
Se a emoção vai contra toda a lógica...
Mas está excepcional!
Muito bem pensado!

Karla disse...

Tem amores que são verdadeiros laboratórios de matemática.
Somam, multiplicam, dividem, subtraem e no final sempre sobra um saldo para qualificar a relação, enquanto outros, o saldo é sempre ZERO!!!!
Show de poesia.
Sucesso!

Elenara Castro Teixeira disse...

SU & Karla!

O amor é essa incógnita que estamos sempre querendo revelar, que nos faz ativos, plenos de luz...
Adorei a visita!

Uma Amiga disse...

E dizer que você é professora de História e não de Matemática.

Imagina se fosse....ehehehehe!!!
Nota DEZ!!!