29 novembro, 2010


Porta Retrato II

Não somente minha cama,
meu corpo, meu abraço
coloquei ao teu dispor...

Meus sonhos, minha alma,
ah, esses dei–os
todos com os meus segredos!

Meu coração vagabundo
por andar sozinha, solitário,
deu a senha para fazeres tua morada
e assentada em prosa e verso,
arrumastes minha sala,
abancaste meu olhar,
já por ti enamorado...

Provei da tua boca, o mel,
pura delícia de sedução,
e, como fiel aprendiz de marinheiro,
joguei-me de biquinho na paixão:
Adrenalina pura dos que não
enxergam o medo a sua frente!

Tudo isso para que, se de tudo
que ficou, foi somente a tua foto
no porta retrato lá da sala:
Nossa alegria estampada em colorido!

Que pena que deixaste
meu coração lastimado!

24 novembro, 2010


E agora?

Quando te abraço não abraço somente teu corpo, como coloco também em minhas mãos, o meu coração em oferenda, pulsante na emoção sentida da tua pele na minha.
Quando te pego entregue aos meus desejos, exulto de prazer e júbilo e me regozijo no êxtase de te olhar sorrindo, a mercê das minhas vontades.
Quando te beijo esfomeada, sinto a correr pelos nossos corpos em movimento a gula dos famintos, dos quem se agarram a todos os grãos que se apresentam ao caminho da minha boca e em delícia, sorvo um a um, tudo..., tudinho..., lambuzada de prazer.
Quando olho teus olhos de mel, adoço minha alma, meu corpo, e como efeito mágico, te desnudo a cada palavra, para meu encanto e deleite.
Quando te espreito com olhos de caça, só consigo me ver, sem piedade, aos pés do meu algoz, feito caça e caçador, que num bailado bandido, de encantamento e magia, encanta sua vítima para o seu próprio prazer.
Quisera não ter deixado tua mão na minha, percorrer o teu corpo, sedento de amor, que como numa bandeja, se oferecia de modo tão encantado as minhas fantasias.
Como dois náufragos, navegamos nossas águas sem sabermos bem aonde iríamos parar!
E agora?
O que fazer?
O que dizer?
Talvez falar tão somente o que certa vez eu li: “A gente só ama depois de ser amado, não tem como aprender sozinho”.
Amor da minha vida!
Sei que daqui para frente tua vida não será mais a mesma, o meu amor fará toda a diferença, tu bem sabes, não é mesmo!
Que encantos têm o amor que nos faz refém das nossas próprias paixões?
Onde fui pousar o meu amor!
Onde?

















































































03 novembro, 2010


Diga Alô!

Quando entre nós as cores começaram a ter novas nuances, outras tonalidades e as palavras ditas outros sentidos, com certeza nossos olhares, sem querermos, passaram a nos procurar de modo natural, espontâneo e deliciosamente carinhoso.
Assim desse modo, começava a ficar sacramentado que nosso abraço passaria a ter um outro calor, outra energia dali para frente.... E isso meu amor aconteceu!
Tua presença começou a ser par constante no meu dia, meu sorriso escandalizou a todos que meu coração exultava de alegria e felicidade, por estar uma outra vez compartilhando a minha emoção com outro alguém.
Alguém maravilhoso, com alma e coração desinquieto, sofrido, abatido e muitas vezes, afoito e rebelde, mas na sua essência, dividido entre o ser e o se deixar levar...
Como viver tão somente a rebeldia e não se deixar ficar pelos caminhos do amor, da entrega?
Essa era a tua cruz, o peso a maltratar o teu coração divido!
Abracei com alma leve e coração pulsante o teu corpo ao alcance da minha mão e sem nenhum pudor passei a descobrir a tua geografia, com as minhas mão, com o meu corpo, com a minha boca percorrendo todos os cantos e recantos desse corpo que apreendi a querer e amar, com o desejo infantil e lúdico do primeiro amor e com a fome dos famintos que já viveram a paixão em grandes doses. Amei os teus contornos, tuas curvas e caminhos e emocionada estendi as minhas mãos para te recolher entre meus braço e amar a tua vida, tuas estórias e até mesmo acarinhar o teu passado, pois quem ama, acolhe o outro até com os seus folhetim a lhe compor a vida!
Tua pele passou a ser a minha primeira e a cada toque, o meu corpo tremia de emoção, como se estivesse prestes a deixar o meu coração perambulando por aí.
Eis aí um modo lindo de se morrer apaixonada!
Talvez estejas a perguntar porque estou te escrevendo essas palavras...
Só o faço meu amor, por absoluta falta de como fazê-lo pessoalmente!
Não esqueça de mim, amor da minha vida...
Diga alô!