09 junho, 2009

Uma Questão de Olhar!
"Um poema em muitas palavras"

Quando o marketing dessa grande estrutura comercial que nos rodeia, aproveita datas especiais para através da mídia, expor ao publico produtos que aticem o consumismo das pessoas; que em nome dos seus afetos compram tudo, que possa representar o seu amor, vejo como ficaram no tempo, as palavras!
Onde estão as palavras, os versos, os poemas, os sonetos, as cartas que com vigor e magia, alimentavam nosso coração e alma! Onde?
Talvez no tempo ou nesse olhar magoado, sem brilho, luz, apagado, outrora espelho e fonte da minha própria imagem, hoje puro lamento d’uma grande dor de amor! Equívocos de muitas escolhas onde ferimos a quem mais amamos!
Hoje quando vejo teu olhar meio gris, sem a doçura do mel, é que tomo consciência do dano que foi causado, na tua fome de amor, a nossa separação! Quero outra vez esse brilho do doce mel dos teus olhos em fogo por outro alguém, pois dói demais perceber que ainda sofres por mim!
Se não temos como viver esse amor interrompido, não te avexe, largue tudo e vá em frente! Busque outro porto, outra fonte, outro espelho e te veja novamente com o teu brilho de outrora! Saia dessa cilada, dessa roubada que te faz mais triste ainda, e ache mais uma vez, uma luz para o teu olhar!
Faça isso, talvez assim eu possa me perdoar pela dor que te causei, e pare de sofrer quando olho e te vejo tão gris como o inverno! Brilhe se não para mim, para outro amor, pois acima de tudo, quero-te olhar FELIZ!
Eu? Ah, sigo a vida equilibrando na medida do possível um pouco de mim em muitas palavras, dores e amores poemados como lembrança. Palavras que marcaram a dor da nossa separação!
Como lembrança, deixo na virtualidade do “Phoemahs” como herança para jogares fora, um pouco de mim em muitas palavras, livres e soltas e todas elas são suas!
Pegue-as, pois são as fotografias da nossa alma...Eu, de tudo isso, quero apenas os sonhos que perdi!
Parafraseando Cassemiro de Abreu deixo como mensagem e reflexão os versos desse grande Poeta Brasileiro: Oh! Que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras à sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais!
Meu coração d’um amor eternamente militante, naufraga nessa nau da globalização!




4 comentários:

Paulo Vilmar disse...

Elenara!
O pior é, as vezes, descobrirmos que as palavras, quase sempre fora do seu contexto estão lá, no marketing, destas grandes empresas capitalistas. Já vi mensagem de amor de Drummond, servindo de reles propaganda de banco!
Beijos!

Flávia disse...

Bah Tchê!
Tirei o chapéu para ti.
Acabei de ler A Razão.
Adorei teu poema!
Lindo mesmo!
Tá muito chique...rsrsrs!
Sem brincadeira, parabéns, tu escreves muito bem mesmo!

Ana Júlia disse...

Mas o quê está acontecendo contigo criatura...???
D'uns tempo para cá, só leio maravilhas na imprensa. Estás com a "macaca"...eheheheheh!!
Boa sorte e parabéns. Sucesso!!

Maria Helena Campos Rodrigues disse...

Enquanto uns fazem comércio, tu falas de amor. Essa é a grande diferença dos que amam o amor na sua plenitude.
Um show essa tua crônica.
Vale por todos os presentes que estão a venda no comércio e que não mostram a grandiosidade do amor.
É mágica as tuas palavras Elenara.
Bjus!