04 novembro, 2007

Cremação (ou) Obituário!

Soltou-se da vida,
fez-se poeira!

Partiu de bobeira,
e não deixou endereço,
pagou o preço
da solidão assumida!

Virou queima consentida
pó, partícula ridícula
de uma vida cansativa!

De bom deixou uma vírgula
ao longo da sua estória,
que fez toda a diferença,
um amor maior que a vida
não deixou envelhecer,
mas que foi sua alegria!

De bom mesmo a merecer
lembrança, foi a magia
daquele abraço, que no meio
da noite, cicatrizou na sua alma
para todo o sempre,
o nome do seu amor!

Soltou-se da vida,
fez-se doce saudade
no coração e na alma,
de quem na despedida,
soltou as suas cinzas!

6 comentários:

Anônimo disse...

Como explicar tal beleza!!!
Só mesmo dizendo muito obrigado!
Li pelo Jornal Diário de Santa Maria esse poema e fiquei encantada, pois ele reflete um coquetel de sentimentos, todos eles buscado e vivido por todos nós.
Amor e morte entrelaçados, como é a realidade...

"Soltou-se da vida,
fez-se doce saudade
no coração e na alma,
de quem na despedida,
soltou as suas cinzas!"
Lindo!!!!!

Anônimo disse...

... "Soltou-se da vida,
fez-se poeira!... "

Delicada visão de quem viveu ao extremo, todas as paixões da vida e mesmo na morte, consegue dar um toque de sensibilidade.

Menina!
Publica mais seguido as tuas poesias, pois ela são fortes, duras, reais e nos fazem pensar naquilo que muitas vezes não queremos..., e não podemos fugir!!!
Parabéns!

Anônimo disse...

Que fase!!!!
Abro o Jornal e dou de cara com mais uma poesia tua, que maravilha!!!
Sucessooooooo!!!

Anônimo disse...

És muito ácida contigo mesma, mas não posso negar que a poesia é DEZ!!!!!!!

Anônimo disse...

Às vezes eu tenho vontade de ser cremado, mas ainda não tenho bem certo isso!!!
Não sei se teria coragem.....eheheheh!!!
Tua poesia é um prato quente, parabéns!
Um abraço!

Anônimo disse...

Fico feliz em saber que suas poesias estão sendo publicadas;essa fala de sentimentos muito fortes,perdas,despedida,amor,
saudade.Me emocionei