14 março, 2006

Musa Emocional!

O que dizer nessa hora
em que a mortal criatura
se instala feito sanguessuga
e me suga e me suga,
feita vil desventura
numa noite mal dormida!
O que fazer nessa hora
quando acordada
me rolo me rolo e maldigo
a vida maldita que te faz
musa da minha poesia!
O que fazer senão aceitar
esse karma, essa arma
que me aniquila de saudade!
Musa inglória sem vitória,
que me bate, que me abate,
que derruba minha vontade,
que consome minha energia!
Minha musa emocional,
misto de amor e ódio,
de atitude sem virtude,
apenas vil criatura,
fantasma das minhas horas
perdidas na madrugada!

2 comentários:

Anônimo disse...

Que criatura é essa com mais intensa energia que em madrugadas frias ou mal dormidas desbrava terras de poesias, que inunda e afoga pensamentos e dores de alma sempre viva. Esta musa sempre querida é uma Rosa chamada Elenara, que canta e me encanta com luz de alegria.

Anônimo disse...

Sei que para quem tem alma de poeta, a musa inspiradora é misto de amor e ódio, fé e desesperança, mas que seria da poesia se as musas não existissem para atordoar o coração dos poetas.
São elas que fazem sangrar os versos que nos emocionam tanto.
Esse jeito de escrever é muito especial.Gostei demais!