Amor Moleque! O frio que dilacera a pele e que na fome se consome, é fogo que queima a carne que desnuda se encolhe toda! É chama que não aquece, é rima que não combina, é verso que não se escreve no coração d’um poeta! Teu amor é bem assim, matreiro na sedução do atrair para a paixão! Foi algoz do meu amor que não sendo da tua vontade é livro que não se abre nem página pra se escrever, a dor do teu desamor! Sou presa fácil do teu encanto, do teu dengo e do teu cheiro; a ponto d’eu ter clareza que ao sair da tua vida, deixo também a vida que um dia tive certeza não poder viver contigo! Vou adiante, desolada, tropeçando na emoção, levando no coração a saudade daquele beijo, que um dia de surpresa roubastes da minha boca, enlouquecida de desejo, e que até hoje não esqueço! Mesmo tendo errado no carinho, não levo junto comigo o dano do desalinho! Fui presa do teu chamego, do teu sexo e do teu cheiro que num distante janeiro, possuíram os meus sentidos! Deixo teu amor moleque seduzir novas pessoas, encantando outras paixões! Santa Maria/RS 17/05/04 |
23 fevereiro, 2006
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