19 junho, 2009

Mãe!

O ser humano tem como experiência maior da sua vida, duas grandes perdas:
A primeira quando nascemos e deixamos o ventre que nos acolheu, protegeu e com total egoísmo, desfrutamos dos silêncios, das delicias e de tudo que com sofreguidão sugamos para nos mantermos, vivos, fortes e valentes, para no final dessa etapa, como bebes inocentes, dependentes e chorões, sairmos mundo a fora, num só grito: Puro desespero, por estarmos indefesos e famintos, entregue a uma outra etapa, que nos fará gulosos pelo seio materno que pela vida inteira nos alimentará com todas as nossas referências.
Cert0s ou errados, pouco importa, é a nossa herança genética!
A outra, é quando pensamos que somos senhores da vida, adultos e tão plenos de nós mesmos, capazes das maiores atrapalhadas para alcançar todos os sonhos, propostos pela sociedade que nos faz Pessoa!
Nessa hora é que descobrimos que muito de nós, ficou naquele ventre que nos embalou, aqueceu, protegeu e que de um modo todo seu, nos amou com o melhor de todos os nossos amores!
Quando uma mãe, se perde, parte de nós se vai nessa partida. Nunca seremos os mesmos...
É nessa descoberta que a dor do amadurecimento chega!
Felizes são os que ainda tem um abraço, um sorriso, um afago, um colo de uma mãe velhinha, para poder chorar com ela, até mesmo das suas próprias dores!
Sou parceira também nessa tua dor!

Texto em homenagem ao Profº Pedro Aguirre

09 junho, 2009

Uma Questão de Olhar!
"Um poema em muitas palavras"

Quando o marketing dessa grande estrutura comercial que nos rodeia, aproveita datas especiais para através da mídia, expor ao publico produtos que aticem o consumismo das pessoas; que em nome dos seus afetos compram tudo, que possa representar o seu amor, vejo como ficaram no tempo, as palavras!
Onde estão as palavras, os versos, os poemas, os sonetos, as cartas que com vigor e magia, alimentavam nosso coração e alma! Onde?
Talvez no tempo ou nesse olhar magoado, sem brilho, luz, apagado, outrora espelho e fonte da minha própria imagem, hoje puro lamento d’uma grande dor de amor! Equívocos de muitas escolhas onde ferimos a quem mais amamos!
Hoje quando vejo teu olhar meio gris, sem a doçura do mel, é que tomo consciência do dano que foi causado, na tua fome de amor, a nossa separação! Quero outra vez esse brilho do doce mel dos teus olhos em fogo por outro alguém, pois dói demais perceber que ainda sofres por mim!
Se não temos como viver esse amor interrompido, não te avexe, largue tudo e vá em frente! Busque outro porto, outra fonte, outro espelho e te veja novamente com o teu brilho de outrora! Saia dessa cilada, dessa roubada que te faz mais triste ainda, e ache mais uma vez, uma luz para o teu olhar!
Faça isso, talvez assim eu possa me perdoar pela dor que te causei, e pare de sofrer quando olho e te vejo tão gris como o inverno! Brilhe se não para mim, para outro amor, pois acima de tudo, quero-te olhar FELIZ!
Eu? Ah, sigo a vida equilibrando na medida do possível um pouco de mim em muitas palavras, dores e amores poemados como lembrança. Palavras que marcaram a dor da nossa separação!
Como lembrança, deixo na virtualidade do “Phoemahs” como herança para jogares fora, um pouco de mim em muitas palavras, livres e soltas e todas elas são suas!
Pegue-as, pois são as fotografias da nossa alma...Eu, de tudo isso, quero apenas os sonhos que perdi!
Parafraseando Cassemiro de Abreu deixo como mensagem e reflexão os versos desse grande Poeta Brasileiro: Oh! Que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras à sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais!
Meu coração d’um amor eternamente militante, naufraga nessa nau da globalização!