ARTESÃ
Pego tesoura, chave e martelo
e num piscar de olhos,
estalo os dedos e me esbaldo
afrouxando parafusos e ruelas
e saio tesourando fotos e retalhos...
Deixo em frangalhos
o porta retrato,
aquele que moldurava o sorriso
que tanto nos encantou...
Depois de feito o trabalho,
pego balde, pano e vassoura
e saio vassourando as sobras
do que restou.
Ah se o amor pudesse
ser assim dilacerado,
talvez eu não estivesse
tentando colar os meus pedaços!
7 comentários:
Amei!!!
Isso é amor dos brabos!!!
Esse Porta-Retrato de que fala é aquele que você já cantou em prosa e verso.
Nada do que falas consegue me convencer de que não amas essa mulher...
Mesmo que ela não seja uma flor de laranjeira, é quem tu amas e para mim isso já é suficiente...
Curta tudo que o resto é bobagem!!
Marília, não é minha intenção convencer ninguém disso ou daquilo, apenas soletro as palavras que me vem na mente e no coração.
S'eu amo ou odeio, isso para mim agora já não é relevante...
Já carrego as marcas dessa paixão e desse abandono na alma e na perda do meu sorriso.
Agradeço o carinho da visita.
Volte outra vez!
Entrego os pontos, você é muito boa no jogo das palavras.
Não sei como a tua MUSAH saiu de cena sem viver todo o amor que tu sentes.
Deu para ver que ela é uma bobona.
Mas acredita, tudo muda, não perde as esperanças.
Essa poesia é uma construção lúdica de momentos poéticos com objetos fortes e concretos.
Essa reunião resultou numa bela poesia. Parabéns!
Bah!!
O que eu menos quero nesse momento da minha vida Vera Lúcia, é entrar numa de que existe esperança.
Não quero viver essa utopia...
Quanto a ela ser uma bobona e ter saído da minha vida sem viver na plenitude o meu amor, eu não posso falar mais nada...
Toco minha vida nesse momento do jeito que posso!
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