12 janeiro, 2011

PAIXÃO


Quando nosso olhar se faz cego de paixão e numa forma encantada se faz perdido de amor, estamos deixando nesse instante a vida sangrar nosso sangue e nos extenuar no desejo de viver esse momento!
É tanta vida querendo se perpetuar num abraço, num beijo que todos os sentidos se confundem na vontade insana de se querer o que outro quer que a gente seja e que sem poder, deixamos acontecer!
E nessa subserviência que a paixão nos deixa, acabamos sendo algozes da nossa própria vontade de morrer de qualquer jeito!
Morremos a cada suspiro sentido, a cada olhar desviado, a cada fechar de olhos, como se fosse possível conservar um sonho como imagem eterna para se adorar!
E nessa vontade de perpetuar esse amor, acabamos ficando com um desejo de amor inacabado a nos dar alimento e munição, para ele ser inesquecível!
Como desconstruir esse mecanismo atroz que cultivamos por atração, ignorância, medos e carências, e que nos faz algoz dos nossos próprios sonhos!
Como recuperar o controle de um coração perdido de amor e dor e que ousou se aventurar pelos caminhos da paixão, sem deixar as energias que nos sustentam perderem-se nos emaranhados das falsas ilusões!
Como ser consciente dessas falhas!

3 comentários:

Ana Júlia disse...

Como achar palavras para comentar, se você já falou tudo o que eu poderia tentar falar.
Simplesmente mágico!
Te adoro, viu!

NUBIA disse...

Tô pasma, chocada, anestesiada...
Nunca imaginei que a Elenara que eu conheci no Maneco fosse dona dessa sensibilidade toda, mas confesso também que fiquei feliz!
Como vai guria?
Saudade daqueles tempos!
Bjs!

Elenara Castro Teixeira disse...

Alô!
Fala amor da minha vida...
Fala algo que esse texto é teu por inteiro.
Lembra que sou eu a te dar essa emoção.
Sou toda tua!