Natureza Violada!
Pelas serras descem estradas,
que serpenteiam ex-florestas,
já dizimadas pelas queimadas!
Terras violadas, não pelo braço
ou a força do arado,
mas pela seca que arde
e que pede apenas um gole,
da consciência que perdemos!
Pobre natureza morta
que se renova e se expande,
a cada toque do isqueiro
que se abre e se acende,
dando cabo e colorindo
toda a terra, como um carvão!
Infame e setenta é a fome
que nos deleita e consome,
mas num efeito bumerangue
a natureza se vinga!
Secas e enchentes
fazem o contraste
entre o céu e o inferno,
sem meio termo,
sem meias medidas,
sem meia volta,
pura revolta,
por sua violação!
2 comentários:
A natureza como tudo que existe nela é lindo e reciclável, e mesmo as duras penas, ela sobreviverá, excetuando o homem que esse sim ficará pelo caminho, moribundo e arquejante, feito um moço velho sem condições para respirar...
O homem é o seu próprio algoz!
Muito linda a tua poesia Elenara. Parabéns!
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