24 setembro, 2006

O Tempo que me resta!

Não quero perder o referencial da fantasia nem a potencialidade do sonho, tampouco a alegria de viver!
Não quero deixar de querer a paixão alimentando a minha emoção e povoando de imagens inesquecíveis as minhas lembranças, para em nome da solidão querer alguém perto de mim para que não me sinta só!
Não quero apenas uma conversa amena e coloquial, um filme na TV e um cãozinho ao lado, servindo de alegria para a relação, tampouco a casa cheia de gente para o tempo ficar mais divertido!
Não quero apenas dormir ao lado de alguém, sem ter durante a luz do dia um brilho no olhar por ele ou simplesmente pensar como se fosse apenas uma bengala para minha solidão, para os meus medos ou fantasmas, tampouco ficar sonegando a minha verdadeira emoção!
Não quero por ter sofrido de amor, negar-me o sonho de querer viver o brilho do meu olhar, novamente acesso por outra paixão, tampouco me furtar para a emoção de poder poemar todos os versos, que até um abraço emocionado e silencioso, pode causar ao meu coração encantado por todas as nossas loucuras!
Não quero me acomodar num abraço ou num olhar sem a vibração mágica que desfruta os corações apaixonados, que não conseguem esconder de ninguém, que ali estão duas almas que no amor e no desejo, são gêmeas e com todos os ascendentes extremamente interligados no amor, na doçura, no tesão e na emoção, que é o grande filtro para a felicidade permanente, que encanta e enamora dois corações eternamente enamorados de paixão!
Não quero ser plural na emoção e nem no desejo acomodado das idades e sim poder viver a singularidade de todas as paixões, de todos os abraços e de todas as situações, que fazem com que ouvindo a própria voz do nosso amor, a emoção se apresente intensa e visceralmente emocionada a ponto de não podermos controlar as lágrimas que se acerca da gente, como gotas de orvalho a lubrificar a nossa pele já marcada pelos sulcos das nossas perdas e separações!
Não quero viver o tempo que me resta, atrelada às acomodações da idade, tampouco acreditar que não posso ter coragem para largar tudo e recomeçar um tempo, que sabiamente o amor não nos impediu de vivermos, basta lembrarmos da emoção maior que sentimos, quando do nosso reencontro!
Não quero fazer de conta que estou feliz!
Quero é me sentir refletida na luz do teu olhar e nela poder mostrar, que também posso ser o teu oásis, a tua luz, e no teu abraço, de felicidade, poder morrer!

21 setembro, 2006

Questão de Honestidade!

Junto contigo eu deixei a certeza do meu carinho, a doçura do meu abraço e a emoção do meu coração!
A perfeição do nosso encaixe, a ternura do nosso afago, foi certeza confirmada no abraço silencioso que dois corpos na saudade são capazes de expressar!
Tivemos a grande chance de vivermos essa verdade e que mesmo na adversidade, nunca conseguimos esconder, sequer de nós mesmos!
Se hoje eu te libero dessa espera e desse tempo é porque te quero livre do meu querer!
Não posso te segurar na minha vida pra sempre!
Não posso querer que a emoção do teu olhar seja ainda para mim!
Sê pra esse alguém com quem vives, essa emoção visceral que sentes por mim, que vejo e sinto ainda no teu olhar, que me comove e me leva a escrever estas palavras e que talvez um dia eu possa me arrepender de as ter escrito!
Não posso exigir tua volta, mas se depois for a tua vontade e o teu amor te fizer voltar, nada nos impedirá, a vida e o amor serão por nós renovado e um outro amanhã acontecerá!
É só uma questão de tempo!


20 setembro, 2006

Maravilhoso!

Pouco me importa se hoje estás com alguém. É secundário saber se tua casa se divide em ruas diferentes e com outros móveis que não sejam os meus! Pouco me causa se isso é uma constante no teu dia. Faz parte de um casamento desfeito e de novos caminhos tomados!
A vida é assim!
Não ligo se o tempo correu, pois mesmo tendo tomado caminhos diferentes, acabamos nos mantendo lado a lado ao natural! Coitados são os que nos sucederam! Estes nunca entenderão a intensidade dos nossos sentimentos!
Os grandes amores são assim, deixam o perfume nas nossas estranham como se fossem aromas da nossa infância e basta um sopro de vida, uma mudança do ar para que tenhamos essa essência a perfumar toda a nossa saudade, que não fomos capazes de sufocar!
Por mais que as atuais convenções nos apresentem como duas paralelas, sabemos que lá adiante existe uma elevada, uma rótula que nos aproxima e nos faz caminhar ao encontro do mesmo sentido.
O que nos move para essa busca, é a certeza que falta um abraço na nossa vida para nos dar o conforto do afeto e da alegria que tão profundamente descobrimos que está nos faltar!
Esse brilho no teu olhar que cativa e me emociona, só se faz energia quando nos cruzamos e nos fazemos frente a frente, espargindo fagulhas, atiçando emoções e remexendo com a saudade de um tempo, que como ninguém, soubemos viver!
Tua voz nunca esquecida, foi o despertar mais amoroso e emocionante, que um dia ousei supor que poderia ser possível! Foi tão doce, foi tão terno que aos pouco comecei a me emocionar e depois de um longo tempo te ouvindo falar, passei a me ouvir também e silenciosamente as lágrimas começaram a cair para depois se transformar copiosamente, num pranto sentido e sem controle!
Foi emoção purificada, sublime manifestação do amor e da saudade que não podíamos fazer de conta que naquele momento não mais existia!
Foi maravilhoso!

18 setembro, 2006

Cadê!

Cadê o teu brilho,
teu viço, teu charme,
cadê teu andar maroto!

Onde está o teu lado garoto,
de moleque atrevido,
sedutor e de plantão!

Cadê o cheiro de paixão
que andava junto contigo
e que te fazia artigo
de primeira grandeza!

Cadê tua esperteza!

Ontem te encontrei
comum e sem tempero,
sem cor, sal ou vigor,
onde ficou tua graça!

Não vi, ficou talvez,
no regime,
nas caminhadas,
na academia,
verdadeiro crime
na tua natureza!

Que pena!

17 setembro, 2006


Tem Nome!

Meu sorriso de alegria emocionado
tem nome de rainha
e sobrenome português,
tem endereços, telefone e CêPêéhFê,
até carteira de motorista possui!

Tem emoção passional que intui
um amor assoberbado,
dependente e dividido.

São tantas as metades
que nem todas tem identidade!

Meu amor tão carinhoso,
tem vida e muitos segredos,
tem carisma e alegria.

É emoção e rima na minha poesia,
saudade pura daquele abraço
que se fez mágico e silencioso
na noite do 28 de Agosto!

Minha emoção tem nome
e pose de rainha,
signo de Leão
e uma vontade escondida
de ficar no meu abraço!

Minha vida tem passagens
que não se esgotam no tempo,
pois estão sempre acalentadas
por olhares que revelam,
que ainda não sou passado!

16 setembro, 2006

Aconteceu!

Foi lindo, foi mágico,
foi terno e até trágico
o nosso abraço!

Foi quase um laço
a nos apertar, a nos sufocar,
a nos enforcar!

Só nosso coração batia
a nos dizer da alegria
que naquele momento
nossa emoção sentia!

Como pudemos sair do nada
e sem uma palavra, sentir
que ali, a vida se definia!

O que seremos em frente,
jamais nós saberemos
se não ficarmos de novo,
frente a frente uma outra vez!

Foi no frio e no silêncio da noite
que a nossa vida se revelou!

Que noite!

15 setembro, 2006

Radiografia de Mim Mesma!
Quando escrevo é como se todas as palavras fossem pinceis, tintas e cores da minha alma, onde em suaves e tristes movimentos, desloco em cada sílaba todo os meus sentimentos. Mestre e aprendiz de mim mesma vou entalhando a cada palavra meu universo afetivo, onde meus amores e minhas dores se intercalam com lembranças dos meus afetos queridos.
Quando escrevo cirurgio minhas próprias cicatrizes, pontuando em cada marca meus reveses e vitórias!
Sou ardente e visceral quando pinço em cada olhar, segredos do coração e feito uma artesã primitiva, construo a cada emoção, versos para um amor que se esconde no medo de se deixar revelar novamente!
Quando escrevo me desnudo, fico muda, perco a voz, só meu coração sinaliza que ainda em mim existe vida!
Sou assim enquanto escrevo, mais ainda se teu olhar, teu sorriso, teu abraço, teu silêncio for a minha inspiração! Quem são os poetas, senão escribas das suas próprias dores, bailarinos solos numa pista sem parceiros!
Sou assim, mais ainda se o teu amor for a energia para o meu coração, eternamente enamorado das tuas emoções!
Quem mandou você pedir!

14 setembro, 2006

Rival, EU!

Sem pretensão eu lhe digo
que libertei teu par companheiro
do encanto e das amarras,
que a emoção e o olhar
iluminado desse amor
sempre sentiu por mim!

Dei a ele a minha voz comovida,
meu sono, meu abraço amigo,
minha alegria, até minha energia
para fazê-lo liberto desse abrigo,
que na saudade de mim, se escondia!

Fui sincera, fui travessa, fui espera
de um tempo permitido,
onde sem ranço, ódio ou vingança,
abracei a tua causa e me fiz liberta!

Meu fantasma aprisionado
na falta de explicação,
foi ao longo do tempo
tomando jeito, tomando corpo,
tornando aura para num segundo
se fazer presença em tua vida!

Querendo ou não eu fui entrave,
sem ter culpa no cartório,
dessa estória começada
sem a minha oratória!

Hoje passado o susto
da emoção que eu senti,
posso falar sem medo
que libertei teu amor,
da emoção do meu fantasma!

Cuida dele daqui por diante,
a minha parte eu já fiz,
libertei o meu amor,
do amor que me prendia
ao seu olhar e me tornei saudade!

Toma jeito, vai em frente
pois outra chance eu não dou!

13 setembro, 2006

Nosso Olhar!

Aproveito a chuva,
aproveito a folga,
aproveito o frio,
aproveito o tempo
para poemar um segredo
que meu olhar carrega!

Também ele se ilumina,
quando a emoção me domina
no calor do teu abraço!

Somos nessa hora
somente amor,
carinho e sedução,
pura tentação
a comover nosso olhar!

12 setembro, 2006

Pergunto!

Pior que a traição do sexo,
é a violação da alma,
do olhar que não se alegra,
do pensamento que se nega,
do corpo que não se entrega
por inteiro, porque se deixa
ficar, noutro corpo emocionado!

Pior que a traição assumida,
é a emoção repartida
no afago de outro abraço,
nas lágrimas silenciosas
que molharam nossa face,
tão exposta ao nosso toque!

Pior que a traição vivida,
é a nossa negativa de vida
de darmos uma meia volta
na nossa própria emoção!

O que fazer?
Como!

Não quero trégua,
não quero água,
não quero régua
pra balizar minha emoção!

Eu quero esse brilho de olho
feito verdade, nesse atalho
que a saudade tatuou!

Como nos olhar de novo,
sem que tenhamos a cor
e o brilho de um novo olhar!

Como?
E agora José!

Destino,
desatino,
pânico
ou paixão
sem limite,
nunca saberemos
o que nos aconteceu!

Só tua voz no silêncio da noite
foi capaz de me fazer acordar
e perceber que ainda podia
me deixar emocionar!

Te escutar e me ouvir falando
era o que estava faltando
para a nossa ficha cair!

Como faremos ainda não sei,
só não da para ficarmos assim,
com medo de nos apresentar!

Medo,
surpresa,
êxtase,
não quero nem saber,
não me desvio da rota,
seja o que Deus quiser!

11 setembro, 2006

Um e-mail!
Quero chegar nesse momento da forma mais delicada possível, sem querer invadir nenhum, dos teus espaços e sem forçar minha presença em tua vida.
Espero que entendas minha intenção!
Tenho acompanhado a maturação das nossas vidas e das nossas emoções e sei que já posso dizer, sem nenhum temor, rodeios, vergonha ou ousadia, que quero te saber bem, feliz, amada pelos teus afetos, amiga dos teus amigos e admirada pelos teus alunos.
Quero que toda a ternura do mundo e que os afetos enterneçam teu coração!
Nos anos que se passaram, construímos muitas estórias: umas maravilhosas; outras, nem tanto; mas todas importantes em nossas vidas, pois nos permitiram um crescimento e um amadurecimento na nossa essência e nas nossas relações afetivas.
A vida nos marcou profundamente, e talvez ainda estejamos reféns de nossos atos, mas é com afeto que superamos todos os nossos reveses.
Por isso é que estou tomando a iniciativa de me expor junto ao teu silêncio!
Precisamos viver o entardecer das nossas vidas, apaziguada nos afetos construídos e nessa visão enternecida é que eu estou aqui, nesse momento.
Tenho hoje, somente uma vontade!
Poder chegar ao teu coração com a minha sinceridade, desejando que tu estejas desarmada de sentimentos negativos e que compreendas que duas mulheres adultas podem resolver seus problemas conversando abertamente, sem raivas antigas ou pirraças.
Só com o coração emocionado!
Podemos superar nossas dificuldades com afeto, com carinho, com amizade, com respeito e com consideração. Sabemos bem o que queremos da vida, e seguiremos nossos caminhos, mas isso não impede a reconstrução de uma amizade terna e acolhedora.
Quero que saibas que em mim existe esta amizade e este carinho.
O tempo transformou meus sentimentos, e hoje tenho um olhar carinhoso para ti e uma saudade madura que a vida me ensinou a preservar.
Nesta mensagem, abro meu coração para ti e afirmo que meu desejo maior é que possamos, um dia, rir de tudo o que passou, como duas pessoas maduras que sabem se compreender sem cobranças e ou fantasmas.
Sinto que nossa maturidade permite superar nossos conflitos passados e que já não existem motivos para seguirmos ignorando uma à outra, como se fôssemos duas meninas ofendidas. Que eu possa te dar com alegria, em algum momento das nossas vidas, até mesmo, um abraço, apenas!
Se nos ofendemos, já podemos nos perdoar, pois temos bagagem existencial para perdoar erros de amor ou de desespero vividos em outras épocas.
Estou disponível, aberta, de coração emocionado e totalmente desarmada, propondo um resgate para a nossa emoção e também para as nossas vidas.
Uma boa amiga nunca é demais!
Quero que saibas, também, que meu coração e meu abraço sempre estarão a disposição para te acolher, seja em que momento for da tua vida!
Terei compreensão se não entenderes a razão desse e-mail.
Abraço-te afetuosamente com o melhor de todos os meus sentimentos!
Bjs!

Santa Maria 31/10/2005

10 setembro, 2006

Inesquecível!

Se a emoção nos fez assustada,
eu mais do que emocionada
abracei teu corpo exposto
ao meu abraço, apaixonada
pela vida que nos permitia
viver naquele momento,
um êxtase de alegria!

Foi emoção sem igual,
singular na sua essência
que se fez fatal,
quando não mais podendo
esconder todo o encanto,
nos pusemos a chorar!

Lágrimas que aliviaram
nossa alma em agonia
e que no conforto dos afetos,
saberá viver o melhor de nós!

Inesquecível a emoção!

09 setembro, 2006


Eu Beijei o LuUuUuLaAaAah!!!!

Carisma, estilo singular, dono de um poder de emotividade capaz de levantar e levar multidões às lágrimas, assim eu senti o LULA no comício realizado ontem em Santa Maria, embaixo de uma chuva torrencial, um frio de renguear o esqueleto como fala o gaúcho.
Milhares de pessoas, jovens, velhos, crianças e adultos todos irmanados na férrea vontade de ver e ouvir o Presidente.
Foi emoção pura, ver ao lado da gente, mães com filhos de colo, embaixo de guarda chuvas, esperando a chagada do HOMEM que estamos lutando para levar pela segunda vez ao cargo de Presidente do Brasil, o que com certeza vamos conseguir.
Eloqüente e simples, igual aos que estavam ali, emocionados.
Que noite fantástica para todos que ousaram sair de suas casas para irem mesmo chovendo ao encontro de um dos maiores Presidente que o Brasil já teve, depois de Getúlio e JK.
Memorável com certeza!
Eu fui brindada por duas vezes com a sua assinatura em minha bandeira do PT e depois na quebra do protocolo, quando ele desceu do palanque oficial, abraçou o povo que estava ali na frente todos molhados com afagos e beijos! Ele foi genial!
Eu abracei e beijei o LuUuUuLaAaAah!!!!
Que emoção!
Eu beijei o Presidente!
Foi lindo sentir no olhar a emoção das pessoas surpresas com aquele gesto de carinho e de humildade, daquele HOMEM que ali também estava, como Presidente do Brasil!
Que noite fria e chuvosa, mas na emoção, perfeita!
Eu nunca mais esqueço!
Santa Maria
Largo da Estação Férrea
08/09/2006

07 setembro, 2006

Negue!

Negue ao teu coração
esse sentimento desarmado
de entrega que nos fez tanto bem!

Negue para tua emoção
o brilho do teu olhar
ao me ter em teus braços,
talvez assim, tu consigas
se iludir mais uma vez!

Negue, pois a ti eu direi
que não houve melhor momento
que este, eternizado no abraço
silencioso dos amantes!
Negue se for capaz!
Faz de Conta!

Tudo bem eu tenho força
para ficar com esse ônus!

Deixa assim mais uma vez ,
porque novamente,
eu te dou bônus !

Fico com o que não houve
de pior e deixo o tônus
muscular, o elixir da longa vida
e a alegria repartida
dos abraços e dos beijos!

Faça de conta
que nada houve!
Se puder!
Lucifér!

Meus olhos conectaram a luz
e o sorriso na íris do teu olhar,
aceso pelo brilho que reluz
a cada pulsar da tua face!

Fostes assim, apaixonante e doce,
mulher dos quatro ventos,
distinta chama que chamusca
quem de ti se aproxima!

Engano ensimesmado da força
que não possui, mas pelo dengo
se faz mulher de primeira!

Pobre os tolos que se deixam
ficar em suas águas, pois todos
acabam levando, o gongo
do abandono e o badalo
alertando do perigo!

Só quem viveu conhece
do jeito que a gente fica!

Oh, pobres coitados,
quem não levou
os cifres do Lucifér!

06 setembro, 2006

Tenho!

Não vejo nenhum problema
em ter dado meia volta,
pois se hoje,
outro alguém te ama,
sou quem tenho tua alma!

Pouco me importa,
se quem me ama,
não bate na minha porta,
pois tenho toda a certeza,
que me leva no seu olhar!

Sou presença
na saudade do teu amar
que nunca mais será igual,
pois eu como tu,
sou também de mim perdida!

Onde foi parar nosso sonho,
nossa aurora, nossa vida!

Morreram!
Morreram?
Entrega!

Se me ponho na retranca,
tu me caças pela noite
sem pudor ou fantasia,
jogando todo o charme
com suave ousadia,
calando com teu abraço
a minha negativa!

Plena de emoção
meu corpo reage
mostrando que ainda é viva
a paixão que eu escondia!

E assim, meu coração
descompassado pela saudade
se entrega eternizado
pelo abraço apaixonado!

Cuida desse amor
que teu olhar
me fez refém!

05 setembro, 2006

Alô Alô!

Juro que eu tento não pensar
do que nos falamos ao telefone,
mas acordar do primeiro sono
ouvindo tua voz a tanto tempo
distante da minha vida,
foi como se fosse música
ninando o meu despertar!

Era tarde, quase madrugada,
um frio intenso, eu quase assustada
percebendo que o meu corpo
tremia muito mais de alegria
do que do frio que eu sentia!

Tua voz carinhosa e doce
era só delicadeza. Pura emoção
no meio da noite a cativar
por inteiro meu coração saudoso!

Como controlar as palavras
que se fizeram encantadas
e que em nenhum momento
ousamos interromper!

Foi saudade, foi ousadia,
verdade que a cada dia,
a vida nos infligia,
tentando nos alertar!

Foram tantos os sinais,
que todos os nossos ais
se perderam naquele instante!

Embora tão distante,
minhas e tuas lágrimas,
se fizeram num uníssono, rimas
para o nosso melhor poema!

Fomos o que nunca
deixamos de ser,
amantes de um só querer!

03 setembro, 2006

Sabor de Guabiju!

Sentir o teu abraço em torno do meu pescoço com se fossem garras, como se fossem amarras prendendo o navio no porto, foi emoção visceral de doer o peito, de calar a voz num só lamento, num só suspiro, numa só entrega!
Como descrever o momento se todo o sentimento de saudade e emoção estavam ali, no silêncio repartido, a nos mostrar que nada do que foi dito, ao longo de todo esse tempo, serviu para nos afastar!
Que emoção é essa que nos domina e que se faz teimosa, que nos consome e nos emociona a alma!
Como eu queria compreender essa energia que nos tocou, que nos fez querer entrar corpo a dentro através desse abraço tão carregado de saudades e de emoções, e que mesmo no silêncio de palavras, nos disse tantas coisas e nos calou a voz como se quiséssemos morrer, ali naquele instante !
Onde foi que perdemos as coordenadas e nos fizemos ao léu, ficando o nosso coração a deriva de ventos e tempestades, chuvas e trovoadas e até mesmo de outras calmarias!
Onde foi?
Porque será que deixamos nossa alma de amor apaixonada, ficar no tempo escondida e como um passe de mágica e de magia de palavras, ficarmos daquele jeito, emocionadas!
Nossas lágrimas aliviavam essa emoção controlada que ao longo do tempo fomos obrigadas a assumir e que de um modo “educado” levávamos adiante, atropelando no silencio das nossas lembranças o que na real, nunca conseguimos esconder: O amor que vivemos e que não conseguimos libertar, apesar da distancia e da teimosia de não querermos voltar!
Será que erramos?
Saberemos um dia o que nos aconteceu?
Se foi emoção de partida ou de chegada, só o tempo dirá na eterna saudade que vai nos consumir daqui por diante!
Que vida foi essa que nos obrigamos a viver!
Quisera ser poeta para poder traduzir em versos, todos os lamentos das nossas vidas, pois assim o fazendo, tornaria essa saudade menos cruel e ainda mais doce, a lembrança de nossa última conversa!
Sinto que ainda não nos dissemos tudo!
A vida nos dará outros encontros com sabor de guabiju!

02 setembro, 2006

Cabresto!

Valente feito ave gaudéria,
“gardelona” na conversa séria,
és mulher de muita fala,
muita prosa e muito papo!

Quem te olha sempre pronta,
para o ranço afiada,
nem de longe desconfia
que é lorota esse teu mando!

Mansa como ave viajante
que adormece quando chega
num lugar tão esperado,
és sombra dessa mulher
que não tem papas na língua!

Hoje é que eu percebo
quanto foi tua procura,
pois sentir tua alegria
se deixando “cabrestiar”
é sinal, marca e poder
que outra estória te envolve,
te deixando mais amena,
mais serena e mais mulher!

És ave em extinção
precisando ser cuidada!

Que bom que outro galope
te fez baixar a guarda,
pois hoje quem comanda
os desmando do teu poder,
é um outro abraço
que te prende!

Seja bem vinda amiga
Ao rol das apaixonadas!

Elenara Castro Teixeira
http://phoemahelenara.blogspot.com

01 setembro, 2006

Presente!

Quando se ama,
o amor é como a fotografia,
registra no olhar o contorno
da nossa geografia!

São falésias, são oásis,
são desertos e cerrados,
são meandros, são caminhos,
um dia já percorridos!

Teu corpo por minhas mãos desbravado,
com a gana e com a fúria
de um coração apaixonado,
hoje já não mais engana,
esse meu coração estropiado!

Ficou no tempo esperando
pelo toque, pelo beijo
num afago, num abraço,
sem palavras, emocionado!

Que bom que a vida
nos deu
esse momento!