28 abril, 2006

Vodu!

Anjo, arcanjo, Deus ou demônio.
que raio, que praga é esse tirano
que chega desdito, insano e fica
de posse da minha vontade!
Que força tem esse gaúcho,
gaudério dos pampas,
soberbo de pose,
valor e estirpe
e que atiça a verdade
que teimo esconder!
Que raça, que sangue
tem esse mestiço que joga,
no olho o charme da alma!
Charme que arde,
que chama, que clama
no riso menino
do homem que eu amo,
que chega e se apossa
de mim e das minhas vontades!
Que peste, que vírus faz jus
essa doença que trago na alma,
no peito, na carne, que arde,
quando me perco no branco
sorriso que lhe enfeita a face!
Anjo, arcanjo, Deus ou demônio,
que raio é esse que me joga no cio
na simples lembrança dos teus abraços!
O que eu diria dos teus beijos?

Recomeço!

Não sou estrela, não faço parte
da tua constelação,
não sou brilho nem brilhante
pra ficar na tua sombra,
na tua adoração
pela vida inteira,
feita estrela cadente
a cair a todo instante!
Não sou cometa
para surgir de vez em quando
ao bel prazer do teu desejo!
Meu amor foi tipo Sol
que deu luz e aqueceu
um lado obscuro,
que de tão escuro
não te deixava ver,
que a lua tem muitas fases,
lindas para se olhar!
Ao meu lado o Pôr do Sol
se fez presença obrigatória,
na serra, na estrada, no campo,
onde entregue teu corpo
se fazia dependência
da minha alegria, do meu afago,
do meu amor e boba, não percebia
que eu virava tua escrava!
Levei luas e luas
para perceber que só vivia
para fazer tua alegria,
e assim tão descomposta
nos meus sonhos e fantasia,
larguei tudo e me fiz proposta
para uma outra vida sem você!

27 abril, 2006

Sobras!

Ando pelas ruas assim assim,
meio meio, a meia boca,
mais pra lá do que pra cá!
Vou em frente porque sei
que atrás vem gente, a mil por hora,
tropicando na própria sombra,
semi-morta de saudade!
Vida triste, vida ingrata
essa vida que exercito
na sombra dos meus pecados!
Anda, manda e desmanda
nos desmandos do meu coração
que te fez caçador da minha vontade!
Sem penso e sem neurônio
fiz inteiro virar meio,
fiz metade por inteiro
e nessa insana matemática
errei toda a gramática
para compreender a métrica,
que amor não rima com paixão!
Dividida por completo,
fui inteira sem pesar
que somar era preciso!
E nessa subtração, o resto
foi a sobra que restou!

26 abril, 2006

Gran Finale!

Houve um tempo que por amor eu sofria
tão desesperamente que meu corpo doía
a cada mudança do teu humor!
Era horrível essa agonia,
que trazia para o meu dia
a dor, o abandono, e o desassossego,
deixando em cada metade de mim
a tua presença a maltratar meu ego!
Deixei de ser eu mesma, sem afeto
sem carisma, sucumbi na baixa estima
e agigantei-me no desafeto!
Humilhei-me ao ficar querendo
um amor impossível, que só existia
na minha vontade de construí-lo
maior e melhor do que podia sê-lo!
Te acalentei nos meus braços
como todo o amor que eu podia
deixar ao teu alcance,
e por ter sido assim esse amor,
por muito tempo compus
todos os versos por um amor triste,
e sofrido, me colocando a luz
de uma energia tão negativa!
Amarguei muita recidiva
na minha vontade de fugir
dos teus encantos!
Idas e vindas, cada vez piores
eram sempre o grande finale
dessa nossa estória de amor,
até que chegou um dia
que eu parti da tua vida
e nunca mais voltei!
És Meu Passado!

É engraçado passado tanto tempo
das minhas amarras ao teu corpo
eu estar tão liberta e acessa
para outro amor assim, devasso!
Um amor que me pega do avesso,
do jeito que eu gosto, sei e posso
vir a ser, de novo tão feliz!
És encanto e mistério,
chama e glória nesse cio
que destempera o frio
e o calor, quando me toma
em teus braços e me diz
a meia voz, quase num murmúrio
que meu corpo te tira do sério
quando eu também te pego!
É tão simples poder amar
Que hoje já posso
brincar com as palavras,
fazer versos e falar de amor
por alguém que já não tenho!
És lembrança, presença
em minha vida, alimento
de uma dor já vivida
e que hoje silencia
ao me ver passar!
Cruzo em teu caminho
Mostrando que estou feliz!
És meu passado!

25 abril, 2006

Amigas do Lar!

Quando nos fazemos dependentes
de Claudias, Marias e Solanges,
anjos sapecas que nos ajudam
a enfrentar as agruras na cozinha,
nas louças, nas roupas,
casa pelos ares todo o dia,
é que sentimos que já não somos
as mesmas de outros anos!
Que delícia casa limpa,
mesa posta, cama arrumada,
roupas lavadas e cheirosas,
lençóis passados, comida feita
com esmero e saborosa,
sobremesa no capricho,
é que percebo a falta
que elas fazem, quando por
direito elas se ausentam!
Reconheço esse valor
também na falta das suas presenças,
pois aqui mais que secretárias
elas são também amigas!
Voltem Claudias,
Marias e Solanges,
pois nossas casas estão
vazias sem vocês!
Volta Claudiaaaáááá...!
Refém!

Meu corpo anda cansado,
estropiado, mutilado,
numa guerra que não houve,
numa briga sem guerreiro,
judiado pela saudade
que explode pela noite,
quando o sono não chega!
Sinto raiva, sinto gana
dessa sina que me esgana
me deixando sufocada,
sem ter ar pra respirar!
É sempre assim que acontece
quando vens tão altaneiro,
orgulhoso por saber
que nada fiz para esquecer!
Essa minha incapacidade
de por um basta nisso tudo
é o que me acaba e me mutila!
Sou refém de uma verdade
que machuca minha alma:
Eu
não consigo te esquecer!

23 abril, 2006

Saudade!

A saudade é como o pó,
como a poeira dos meus pecados,
sempre está a pregar peças,
feito lagrimas teimosas
que se prestam pra cair
quando não posso fraquejar!
Que raiva!


Aposta!

Sei que é loucura,
mas pouco importa
se meu coração se aventura
a desbravar teus caminhos!
Vens todo torto,
descomposto e inseguro,
deixando um rastro
de afetos maltratados!
Chega carente e tão amarrotado,
precisando colo e de carinhos,
um instante, momentos
de cuidado e de afagos!
Sei que corro todos os riscos
de me ligar aos apegos
desse meu coração amanteigado
e deixar que tu cruzes
na minha vida como uma ponte,
para poderes do outro lado,
brilhares por outro alguém!
Tenho consciência que isso
de fato acontece, mas que faço
se estou perdida também!
Somos dois tão sozinhos
que nos permitimos
arriscar,
ficar,
errar,
amar,
quem sabe!
Vingança!

Cruzei o sinal,
perdi o controle,
avancei os limites
e me dei muito mal!
Quebrei a cara,
me fiz em pedaços
e tive na marra
de refazer meus começos!
Dolorida e entristecida
peguei minhas malas,
guardei minhas roupas
e deixei para trás minha vida!
Uma espera constante
de chegadas e partidas,
vai e vem de ameaças
de coisas que não mudavam!
Tristes lembranças de promessas
não cumpridas, vício constante
de uma paixão sem presente!
Apostei todas as fichas
sem perceber que os enganos
já vinham de outras fontes!
Vou com certeza apanhar da saudade,
dessa ânsia, dessa vontade
de querer ainda acreditar
que podia ser diferente,
mas me farei forte, somente,
para te ver mendigando
uma volta, sem retorno!
Eu não volto,
eu me vingo!
Assombração!

Hoje revirei minhas gavetas,
Meus guardados, meus segredos,
Decidida a vasculhar minha vida
E dar um jeito nos meus enredos,
Enganos, poemas e sonetos!
Tomei a coragem pelas mãos
E remexi feito um estilete
As feridas, cicatrizes e quelóides,
Marcas eternas de um amor
Perturbado que me enforca
A cada lembrança da tua presença
Em minha vida!
Encontrei já amarelecido pelo tempo
Fotos de nós dois num campo
Florido de azaléias,
pessegueiros e roseiras!
Tempos de glórias
De loucuras e alegrias
Onde o amor se fazia
No chão, na grama, na cama
Sob o sol ou sob a lua
Com a força que se insinua
Quando o desejo atropela
Receios e vontades!
Tantas recordações,
Selos, cartas, poemas e cartões,
Fotos de todo o tipo
A me dizer que foi verdade
Tudo aquilo que vivemos!
Caixas e caixas armazenadas
De carinho e zelo por uma estória
Que para mim foi epopéia
Numa guerra onde o amor e a paixão
Se perderam nessa odisséia
Traçada somente pelo teu desejo!
Lutei nessa guerra com as armas
Que meu coração dispunha
E perdi a batalha!
Tantos anos guardando
Todas essas lembranças,
Só fizeram eu te guardar
Feito um relicário na metade
Que ainda bate,
Que ainda vive
Do meu coração apaixonado!
Hoje revisando meu passado
Te descubro,
Assombração!

Magia!

Bem quietinha, aninhada,
No afeto dos teus braços,
Faço planos, calo a voz
E me perco no compasso
Cadenciado do teu coração!
Tudo em ti é comovente,
Tudo em ti é convincente
Que me deixo docemente
Possuir por teus encantos!
Tuas mãos são como açoites
Que explodem em espumas;
Estrelas cadentes
Que vagam sem rumo
Pelo quarto, pela cama, pelo chão,
Iluminando com luzes,
Nossos corpos impregnados
De desejos, chama e calor!
É sempre assim nosso amor,
Chispas que se espalham pelos lados
Ao menor contato entre a gente.
Paixão desmedida, incontida,
Que não cabe no nosso corpo
na nossa pele, nos nossos poros
e que se acabam em lágrimas
depois do amor já feito!
Como é mágico te observar
Sorrindo e me acabar
Por inteiro no aconchego
Dos teus braços!
TE AMO!
Obsessão!

Falta nessa saída de ti,
eu esquecer que senti
esse amor que me acompanha
todas as horas do meu dia!
Falta esquecer teu sorriso,
teu cheiro perfumado,
onde inebriada pelos aromas
desse amor, sucumbia
lentamente aos teus abraços!
Falta rasgar tuas cartas,
esquecer todos os versos
da paixão que te elegia
dono e senhor da minha poesia!
Falta jogar fora tua camiseta
velha, de malha vermelha,
que uso quando o inverno chega,
para mostrar que a tua falta
é ainda mais atroz
que todos os nós,
que prendem meus passos
aos teus pés, que não se afastam
simplesmente porque não deixo!
E por ser assim esse amor,
tens passe livre para essa dor
teimosa e crônica,
que me consome,
que tem nome
e que não deixo morrer!
C(h)ris Danezi!

Quem é Cris?
Quem eu pensava que era, não é, e quem não esperava encontrar, acabou sendo uma Cris que não é a Chris Danezi que eu buscava!
Quem é essa Cris que se ilumina e se atira emocionada no rastro das estrelas e se perde na ilusão dos cometas, asteróides e planetas, e se emociona na luz da lua cheia e no calor de um Pôr-do-Sol!
Quem é essa Cris que não era quem eu buscava, senão a própria Cris Iluminada, cheia de graça, atenções, carinhos e mistérios!
Quem é essa Cris Danezi que encontrei e que não é a minha amiga Chris Danezi!
Para quem não sabe,
não entendeu,
eu explico.
São duas!

18 abril, 2006

Alforria!

Só com meus pensamentos,
minhas memórias e saudades,
encaminho minha jornada
depurando minhas dores
a cada passo que deixo
pela estrada que percorro!

Sigo adiante, vou em frente,
solitária, não me queixo,
pois fui eu mesma
que escolhi esse trajeto!
Saio das tuas broncas,
maus humores,
dissabores,
com meu coração ferido
mas com alento
para dar a meia volta!
Dou um tempo
e logo me desligo,
fico livre, me liberto!
Encontro!

Nossos corpos
quase um único corpo
de tanta saudade se abraçaram
e num comovido silêncio,
se deixaram ficar!

Segundos,
minutos,
uma eternidade,
nunca saberemos!

Só nossos corações batiam
num descompasso
a nos mostrar que a separação
agora era finita!


15 abril, 2006

Aprendizes!

Adoro fazer amor desse jeito
Gentil e delicado no começo
Onde nossos corpos se entrelaçam
Em nós que é desfeito
Um a um em cada beijo!

Sorrimos nas travessuras
Onde sem nenhuma censura
Pecamos todo o desejo
Que a nossa fome sacia!

Todos os sabores se misturam
Quando beijos se deslocam
Em pura intuição, desbravando
Todas as curvas que nossas bocas
Em êxtase, já descobriram!

E dizer que somos
apenas aprendizes
dessa arte milenar!
Ambiente!

Um Cabernet Sauvignon,
Uma música ambiente
Na medida do momento,
Faz as palavras cantarem
Os sentimentos guardados
Feito onda tsunami
Arrancando calores
Calafrios e suores
No chão da sala iluminada
Pela lua cheia que espreita
O amor que se fez presença
Nos olhos, na pele, na alma,
Nos aromas espalhados
Pelo ar que respirávamos!
Lugares o quê são, senão escolha
De sentimentos e pessoas!
Uma Noite de Outono!

Esse tempo, essa chuva,
Esse frio que convida,
Foi a senha esperada
Para nossa noite de amor!
Um abraço, uma palavra,
Confidências reveladas
E o ambiente se fez
Mágico, surpreendente,
Intensamente revelador!
Feito anjos flutuamos,
Entre cheiros e odores,
Pele, corpos, revelamos
Toda a fome acalentada
Nesses tempos de esperas!
Ora eu apaixonada
Embevecida por alguém,
Ora teus caminhos
Sempre bem acompanhados,
Se cruzando em nossa frente
Sem nada podermos fazer!
Estranho é o destino
Que feito uma criança menino
Te joga ao meu encontro
Saltitante, feliz por me encontrar,
Eu comovida reencontro
Meu corpo querendo explodir
Em glórias, em chamas,
Querendo te receber!
Bendita seja essa paixão
Que ninguém soube acabar!

14 abril, 2006

(des) alento!

Se não chego,
se não vejo,
se não leio,
me reviro,
me bloqueio,
não escrevo,
definho!
Se te escrevo,
se te vejo,
se te escuto,
caminho,
percorro,
descubro
a vida que chega!

AnAgrAmA!

Palavra ou frase
(re)fundida,
difundida,
escondida
em novas letras,
frases ou palavras
que conjugam um novo sentido,
um novo caminho
de ida e volta
para um mesmo
ponto de partida!

13 abril, 2006

Feliz Páscoa!
Que fitas e laços,
enfeites e mimos,
beijos e abraços,
sejam confeitos
de doces e cores
nessa Páscoa festiva,
que chega de manso
abrindo sorrisos
em todos sabores!
Doces pecados
de gula e prazer!
Que o doce mel
que levamos à boca
seja alimento de paz
e acalanto para todos
que partilham presentes
nesse domingo pascal!
Não podendo abraçar
nem dar vivas a todos,
deixo meu afeto
como onda de energia
nesse degustar de alegria
que chamamos chocolate!
Bate meu coração num abraço
virtual de saudade!
FELIZ PÁSCOA!

09 abril, 2006


CoLoRaDoOOOOOOOOôôôô!!!

Pode o Grêmio ser campeão
tantas vezes que puder,
na casa do adversário
no Gigante da Beira-Rio,
ou na Azenha colorida de azul!

Pode levar a taça como prêmio,
como fruto de um trabalho
mas não leva minha paixão
de torcedora apaixonada!

Esse time que perdeu,
esse Clube que é morada
do meu coração colorado,
é parte da minha vida,
pois um dia eu lá estive
quando da inauguração!

Deixei lá batizado
todo um bem agasalhado,
que quando perde, padeço,
sofrendo todas as agruras,
mas cresço mais forte ainda
quando dessa desventura!

Sou colorada não nego,
sou valente e renego
esconder a camiseta!

Coloco ela amanhã
com todo orgulho
e me vou para o trabalho!

08 abril, 2006

Vício!

Esse olho, esse fogo,
é o centro do furação,
vala de lava que arde,
que queima, que abre
o caminho do inferno!

É quente, desliza,
incendeia paixões,
desejos, vontades
de puro prazer!

Tens fome de mim,
tens raiva de ti
mas sempre voltas
com fome de sexo,
sedento de afeto,
saudoso do jeito,
só nosso, de fazermos amor!

07 abril, 2006

Duas Palavras!
Joguei fora
porta a fora
para o lixo,
tuas fotos,
tuas cartas!
Só guardei
as cópias
que releio
a cada hora
!
Panos!
Lençóis o que são?
Pedaços de pano,
seda,
linho,
algodão,
ou cretone!
Não sei,
porque é no teu corpo
que meu corpo se revira!
Tuas Mãos!
Minhas mãos,
meus dedos,
massagens,
carícias,
afagos,
te toco!

Minhas mãos,
meus dedos,
viajam,
caminham,
te afagam,
te amam!

Minhas mãos,
meus dedos,
te servem,
te tocam,
te enlaçam!

Pura delícia,
tuas mãos!
É Simples!
Ficou teu cheiro,
teu perfume
e uma toalha molhada!
Fiquei amada
cheirosa, feliz!
Que bom que nosso
amor é assim!
Te cuido!

Não sofra dessa solidão que te cerca,
nem lamente o tempo perdido,
pois uma mão tu terás para agarrar,
quando a vida sonolenta
se afastar bem devagar,
dando tempo para sentires,
que a mão que se estendeu
sempre esteve ao teu dispor!

Não sofra de amargura,
de tristeza ou saudade,
sinta só uma ternura
de quem chegou para te ver!

Se não pude viver contigo
Esse amor que adormeci,
Partilho todo o carinho
De um amor que não morreu!

Se expandiu feito névoa,
Feito pingos,
Feito gotas,
Feito chuva,
Feito frio,
Feito cio
Em calafrios,
Sublimei!

06 abril, 2006

Cochilo!

Muito estranho, são os caminhos,
Que a inspiração percorre!

Vem de onde não se espera
Atropelando escolhas
Que nossa emoção registra!

Chega "verde" muitas vezes
Martelando a mesma idéia
E como sarna fica atenta
Mostrando-se toda hora
Como uma coceira nervosa,
A se fazer presença
Nas emoções das palavras!

Uma a uma, após as outras, todas elas
Vão surgindo e como um exército
De formigas elas se colocam
Em marcha lenta e se vão
Para dentro da gente, feito praga
A nos pregar peças e alimentar
As cinzas de uma paixão,
Que julgava já descomposta!

Porque tive que tirar folga
E cochilar numa rede!
Quero Folga!

Hoje não tenho nada para escrever,
Estou sem penso de amor, apenas
Um grande cansaço toma conta de mim,
Assim como uma garoa fina que chega
Vagarosamente, que não molha,
Mas que aos pouco vai se apossando
De todas as nossas roupas e por fim
Cola feito gelatina em nosso corpo!

Estou assim um tanto lenta, cansada
Das muitas coisas que faço e por isso
Tiro a tarde pra ficar aboletada,
Na sombra de uma árvore
E na delícia de uma rede,
Cochilando no vai e vem gostoso,
Do vento tocando as folhas
Que já começam a cair
Com a chegada do outono!

Quero folga nessa tarde
Pra curtir o meu silêncio!

05 abril, 2006

Um Pedido de Perdão!

Se você deixa comentário
no roda pé d’um poema meu
fazendo crer que eu saiba
no fundo quem é você,
engana-se amore mio,
pois não sei de onde vens!
Na vida só dois amores
fizeram meu coração pulsar
de amor e de alegria
que só posso enaltecer
o tempo de comunhão!
Se outros amores eu tive
foi mesclado de doçura,
incertezas e paixão
e por haverem sido dois
não posso saber quem foi!
Portanto meu doce anônimo
desconheço qual dos dois
me fizeram sofrer mais
nesse tempo de paixão
que vivi ao amar vocês!
Confesso a minha surpresa
ao chegar naquela página,
pois nem de longe se imagina
de quem é a autoria!
Se dois amores eu tive,
se dois amores amei,
com certeza eles não foram
os autores dessa mea culpa!
Mas se hoje tu te culpas
e pedes o meu perdão,
só posso referendar que o autor
dessa proeza, com certeza
é uma das minhas paixões!
Lamento atrasado de um amor
que não vingou por não ser prioridade!
Que tristeza meu amado
que não possas ser verdade
na verdade do meu Blog!
Se hoje canto e refaço
minhas emoções divididas
é somente porque pude
viver tudo o que eu sentia
de amor e de paixão!
S'eu fui feliz
é uma outra estória!!!!

04 abril, 2006

Sina!

Silencioso como a noite
calada na madrugada,
sob a luz da lua cheia
num céu estrelado,
meu coração intimidado
pela emoção que me açoita,
faz o véu dos meus temores
descobrir todas as dores,
fazendo-me confessar
que estou apaixonada!

É tão grande e forte essa magia
que meu corpo fica refém
das estrelas e do sereno,
onde da minha rede
balanço toda a saudade
que eu sinto de você!

Esses amores clandestinos,
heróis assassinos de ilusões
femininas, que não sendo meninos,
perdem-se em amores e sonhos!

Triste sina essa minha que sempre deixa
meu coração envolvido com as paixões!





Amor Peregrino!

Faço versos, junto letras,
faço festa com as palavras!
Dou encanto para as silabas,
que se unem em harmonia!

Que ironia
é o poeta
que se perde na emoção
quando busca inspiração!

Fica sempre devedor
pois ninguém mais acredita
que é dele que vem a dor!

Oh dor de amor bendita
que desassossega a alma,
que se enclausura na solidão
para não gritar teu nome!

Oh Maria de todas as graças,
Mãe piedosa me acuda!
Salva minha alma
tão peregrina de amor!

03 abril, 2006

Constatação!

Muito tempo meu amor
Foi meu próprio algoz,
Sagaz e faceiro se jogava
Sempre para uma festa,
Onde quase sempre,
Havia uma dança das cadeiras!

Petulante nem olhava
Se em volta havia alguém
Espreitando o meu lugar
E nessa malevolência,
Achava-se a legítima
Bala que matou o presidente!

Insensato é esse amor bandido
Que corrompe nossa emoção,
Pois se atira na fogueira
Como se fosse um mestre
De cerimônia, pr’uma festa
Sem parceiro, solitária,
Sem ninguém!

Que sentimento é esse
Que nos aprisiona pra sempre
Como se fosse um abraço,
Um descanso infinito
Para a nossa dor e o aroma
Bendito para nos tirar do coma!

Que amor foi esse que impregnou
Minha pele, minha alma,
Meu coração e fez da minha emoção,
Uma terra de ninguém!

Hoje sou areia,
Sou vento sonolento
Sem vontade,
Procurando se esconder
Sem deixar rastro
Num deserto,
Pra morrer de inanição,
Me puno!


02 abril, 2006

TOC TOC!

Se hoje estou feliz
posso dizer que o fiz
às custas de uma longa jornada,
onde as minhas cicatrizes
lambi com meus poemas
e as minhas lágrimas
enxuguei com o suor dos pesadelos!
Curei numa catarse
as minhas dores
e no cruel sofrimento,
edifiquei outros quereres
e vou sobrevivendo hoje
para outros amores,
que se aproximam,
que estão longe,
que não os vejo,
mas que teimam,
batendo na minha porta!
Será tarde?
Ontem
fiquei sabendo
que teu coração
anda pesado,
por culpas
e medos,
por uma estória
entre a gente
mal acabada,
mal resolvida,
num tempo
em que eu comovida
morria de amor por ti!
Ontem
fiquei sabendo
que era tudo fachada
o teu descaso, nosso caso,
onde eu entorpecida
de paixão, mendigava
um alento, um sopro de vida
para continuar te amando!
Ontem
fiquei sabendo
que choras, às vezes
de saudades desse encanto
que se apossava de mim
e que me fazia suporte
para as tuas dores!
Ontem,
sábado,
fiquei sabendo
dessa tua realidade,
meia verdade
numa estória
de um amor ilimitado!
Será tarde?

Pura Sedução!
Chama viva,
chama verde,
olhar de mata virgem,
choque elétrico!

Chamego que é sina
pra china menina,
mulher chamuscada
por tamanha atração,
chamada para os braços,
pra festa, para os laços
de um gaúcho chimango!
Chinelo no pé
bandana na testa,
chapéu chocolate,
charme que chega
chuviscando faíscas,
mascando chiclete,
sorrindo ilusões,
vendendo chamegos,
cheirando pecados!
Charmoso chimango
de cheiros viris,
perfumes da terra
do verde e do mato
dos bichos e da fêmea!
Chá de chaleira na certa,
dor de cabeça total,
se atendido o chamado,
pois chama envolvente
chamusca o coração
da prenda mulher escolhida
e do mulherio preterido!
Mas vale a pena embarcar
nessa chalana gaudéria
pra chegar logo em seguida
num chalé de campanha
e aos pés de uma fogueira,
ficar num chá lá lá gostoso,
fazendo um “chá leco leco”,
olhando o Sol se por!





01 abril, 2006

METADES!

Meio dia Meia noite Meia hora Meia casa Meia taça Meia água
Meio termo
Meio fio
Meia verdade
Meio quilo Meio gente Meio vesgo Meio bicho Meio do avesso Meia vaca
Meia tigela
Meio irmão
Meia irmã
Meio prato Meio metro Meia polegada Meia jarda
Meia garrafa
Meio duro
Meia luz
Meia maratona Meia bicicleta Meia entrada Meio X
Meio amor
Metade de mim
Se quebra,
Se divide!
Meio peso
Que carrego
A meia boca!

Sinto que Amadureço!

A alegria de estar apaixonada de novo pelas minhas coisas, por mim, pelos meus sentimentos, pelas minhas músicas, pelos meus poemas, pelo meu trabalho, pelos meus amigos, pela minha vida novamente, faz com que esse dia 1º de Abril não seja para mim codificado como sendo apenas o “Dia dos Bobos, o Dia da Mentira”.
Estou feliz, mesmo sabendo das dificuldades do dia a dia, do baixo salário, das minhas dívidas, das minhas dúvidas, das minhas queixas, dos meus desmandos e das minhas perdas!
Estou feliz apesar disso!
Apesar de muitos sonhos ainda não terem sido alcançados, mas sempre acalentados, estou feliz, pois descobri que o sonho é o portal principal do nosso coração e que mantê-los, estaremos conservando a saúde, a nossa alegria e a nossa vontade de estar sempre buscando a felicidade, e que assim o fazendo, estaremos nos percebendo vivos!!!
Vivos para ver, olhar, sentir e perceber as mudanças que sofremos ao longo do tempo e que nos trazem alterações de verdades antes inimagináveis, e que de repente, se acomodam junto a nossa emoção, redimensionando nossos conceitos, nossos paradigmas, nossas verdades!
Estou feliz porque percebo que estou deixando para trás muitos “penduricalhos” que me causavam desconforto e agonia.
Sinto que amadureço!

Deus do Céu!
Como coisas tão pequenas e banais causam-nos alegria, como foi ter conseguido postar nesse Blog uma "foto". Não exatamente por tê-la exposta no perfil, mas a árdua e estressante procura por vencer todas as adversidades e frustradas tentativas de conseguir sucesso nessa jornada e não haver conseguido por muitas dezenas de vezes!
Tentava e tentava e nada obtinha, exceto o fortalecimento da vontade férrea e determinada de fazê-lo a todo custo, pois negava ao direito de desistir!
Pedi ajuda a tantas pessoas que não saberia apontar quem exatamente colaborou para que eu continuasse tentando, mas a todas elas eu agradeço, pois foi um desafio que venci e que me faz orgulhosa de haver tentado sempre, por não haver desistido nunca!
Yesssssssssssssssssss!
Eu consegui!!!