Vodu!
Anjo, arcanjo, Deus ou demônio.
que raio, que praga é esse tirano
que chega desdito, insano e fica
de posse da minha vontade!
Que força tem esse gaúcho,
gaudério dos pampas,
soberbo de pose,
valor e estirpe
e que atiça a verdade
que teimo esconder!
Que raça, que sangue
tem esse mestiço que joga,
no olho o charme da alma!
Charme que arde,
que chama, que clama
no riso menino
do homem que eu amo,
que chega e se apossa
de mim e das minhas vontades!
Que peste, que vírus faz jus
essa doença que trago na alma,
no peito, na carne, que arde,
quando me perco no branco
sorriso que lhe enfeita a face!
Anjo, arcanjo, Deus ou demônio,
que raio é esse que me joga no cio
na simples lembrança dos teus abraços!
O que eu diria dos teus beijos?